JK FOI ASSASSINADO

                                                             
Reviravolta: o ex-presidente foi vítima de atentado
        
A conclusão é da Comissão Municipal da Verdade de SP. Relatório de 29 páginas será apresentado nesta terça-feira

Documento aponta 90 indícios que reforçam a tese

A Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo divulgará nesta terça-feira (10) relatório de 29 páginas em que declara que o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek foi assassinado em 22 de agosto de 1976, durante viagem de carro na Rodovia Presidente Dutra.

"Não temos dúvida de que Juscelino Kubitschek foi vítima de conspiração, complô e atentado político", disse o vereador Gilberto Natalini, presidente da Comissão Municipal da Verdade. Em cerca de um ano de trabalho, a comissão municipal paulistana colheu depoimentos em Minas Gerais, Sergipe e Rio de Janeiro para basear o relatório.

Em outubro deste ano, em depoimento à comissão, o motorista de ônibus Josias Nunes de Oliveira, de 69 anos, disse ter negado uma mala de dinheiro para assumir a culpa no acidente que provocou a morte de JK. 

Em novembro, o perito Alberto Carlos de Minas afirmou ter visto um buraco de tiro na cabeça do motorista de Juscelino, Geraldo Ribeiro. Ele relembrou como foi a exumação dos restos mortais do motorista,  feita em 1996. Minas afirmou que foi proibido de fotografar aquela exumação e que, sem querer, alguém revelou algo que não deveria.

“Abrindo-se a caixa, levantou o crânio. Quando eu vi o crânio, eu vi um buraco de bala. Um provável orifício provocado por entrada ou saída de projétil de arma de fogo. Não consegui fazer a fotografia, eles fecharam.”

Segundo a assessoria de Natalini, a conclusão, de caráter político, deverá ser comunicada à presidente Dilma Rousseff, ao Supremo Tribunal Federal, ao Congresso Nacional e à Comissão Nacional da Verdade (CNV). A apuração da morte de JK é um dos pontos de investigação da Comissão Municipal da Verdade, que deverá ser encerrada em maio do ano que vem, junto com a comissão nacional. (Com o G1/SP

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