Vencedor de Cannes é apontado como ‘propaganda de pedofilia’

                                                                


Distribuição de “Azul é a cor mais quente” na Rússia trouxe à tona polêmica em torno de sexo lésbico. Grupo que regula conteúdo na internet exige controle mais severo das autoridades sobre “cenas duvidosas”

Antes de emitir a autorização para distribuição de qualquer filme, o Ministério da Cultura da Rússia deverá sujeitar as obras a uma análise mais detalhada, atentando a elementos de pornografia e pedofilia. “É necessário prestar mais atenção ao conteúdo dos filmes”, defende o presidente da Liga de Segurança na Internet, Denis Davidov.

Os especialistas da liga apontaram recentemente sinais de pedofilia no filme francês “Azul é a cor mais quente”, que venceu o prêmio Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2013.

A Liga da Segurança na Internet é uma organização sem fins lucrativos criadas por grandes provedores de internet e uma instituição de caridade cristã. O objetivo declarado do grupo é livrar a rede de “conteúdo perigoso por meio da autorregulação”, a fim de evitar a censura oficial.

O longa “Azul é a cor mais quente”, também conhecido como “Vida de Adele”, é um drama francês escrito, produzido e dirigido pelo cineasta franco-tunisino Abdellatif Kechiche. A obra tem sido alvo de críticas, em parte pelas cenas explícitas de sexo lésbico.

O grupo declarou que iria solicitar à Agência Federal de Supervisão para as Tecnologias de Informação e Comunicações (Roskomnadzor) a proibição da difusão do filme na internet, e iria entrar com um recurso junto ao Ministério da Cultura para receber explicações de como um filme com tal conteúdo havia sido autorizado na Rússia.

“O órgão estadual deve verificar o conteúdo por conta própria em vez de confiar nos distribuidores”, acrescenta. “O Ministério da Cultura deveria examinar essas obras e recomendar a edição de quaisquer cenas duvidosas.”

Segundo Davidov, as restrições de idade existentes em filmes contendo cenas para “adultos” não consegue proteger as crianças de informações indesejáveis, já que a maioria das obras estão disponíveis na internet. 

Publicado originalmente pelo ITAR-TASS (Com a Gazeta Russa)

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