Lançamento do “VAMOS!”: É preciso diálogo na construção de um processo Democrático

                                                                        

Brigada de Comunicação

Na tarde de sábado, dia 26 de agosto, na cidade de São Paulo, foi realizada a abertura do ciclo de debates “VAMOS!”, promovido pela Frente Povo Sem Medo e que se estenderá para outras capitais brasileiras como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Belém e Recife. Os debates estão divididos em eixos de Democratização: da Economia; de Territórios e do Meio Ambiente; de Poder e da Política; da Comunicação e da Cultura; de um programa Negro, Feminista e LGBT; e da Educação e da Saúde

O evento contou com a presença dos mediadores Leonardo Sakamoto e Dríade Aguiar e, para o debate, Guilherme Boulos, líder do MTST, Eduardo Suplicy (PT/SP), Luiza Erundina (PSOL/SP), Marcelo Freixo (PSOL/RJ) e a liderança indígena, Sônia Guajajara.

Com as palavras iniciais, Leonardo Sakamoto afirmou que “A desilusão não pode destruir a esperança”. Ressaltou o quanto é preciso a transformação do país e que o ciclo de debates do “VAMOS!” quer discutir o Brasil que queremos. Os debates serão abertos em cidades de todo país e também via plataforma digital.

Guilherme Boulos, MTST, agradeceu a presença de todos e todas e destacou que vivemos um momento de desesperança e retrocessos, e o quanto é importante lutar contra a descrença e a antipolítica.

Ainda abordou a necessidade de se pensar verdadeiramente num projeto para o país e mudar nossos rumos. Ganhar eleições não basta, visto o golpe que o país sofreu e, portanto, a Democracia não pode ter as mesmas oligarquias de sempre. O povo precisa ter participação ativa e debatedora.

Erundina mostrou preocupação com a juventude e seu interesse pela política. Ressaltou que política é importante e, desse modo, é preciso se reencantar e lutar por uma dimensão social, educadora e coletiva. É preciso transformar o país com todos e todas.

Suplicy,  do PT/SP, destacou a luta e a importância da presença de outros nomes políticos para o diálogo e a busca de um projeto democrático para o Brasil. Faz-se necessário um projeto do povo e para o povo.

Ressaltou a iniciativa de debate promovida pelo ciclo do “VAMOS!” e tanto na plataforma digital quanto nas praças e ruas. Terminou afirmando a necessidade da busca dos valores coletivos e de Democratização. É de grande importância ir além dos muros das nossas casas e, assim, elevar o grau de justiça e da participação popular.

Freixo, do PSOL/RJ, falou que a esquerda precisa se olhar com mais fraternidade e dialogar num projeto democrático. Destacou que o “VAMOS!” provoca incômodo, inclusive na própria esquerda, e, por isso, é positivo para promover uma reflexão. Reforçou que precisamos dialogar com nossas similaridades, mas também, com nossas divergências para que se espalhe esse debate amplo e próximo de todas as pessoas nesse país.

Sônia Guajajara, líder indígena, cumprimentou todos e todas e destacou a presença das mulheres e da luta dos presentes. É preciso acreditar num país melhor. Falou da violência sofrida frente a revogação de terras e que não será o marco temporal de um governo ilegítimo que delimitará a luta de todos os povos indígenas. Reafirmou a importância da presença, do debate coletivo e da reflexão para que se construa um novo projeto de país apesar da desesperança que vivemos. É preciso lutar ainda mais e se reorganizar enquanto resistência.

Após as falas dos presentes, foram sorteadas pessoas da plateia para exporem suas opiniões sobre a proposta do “VAMOS!” e, consequentemente, darem o “pontapé inicial” nas discussões que abraçarão o país nos próximos meses, de setembro a dezembro.

(Com o MTST)

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