O Senado da Argentina aprovou a desapropriação da petrolífera YPF , pertencente a uma empresa espanhola, a Repsol.

Dois aspectos do texto de lei, no entanto, foram alvos de questionamento pelo bloco socialista. O primeiro deles se refere à distribuição acionária da YPF entre as províncias do país. Para Giustiniani, as localidades não produtoras de hidrocarbonetos também devem ser beneficiadas pela medida. “Uma empresa como a YPF não é só um poço de petróleo. A YPF tem postos e refinarias em todo o país”, alegou.
O segundo ponto se refere ao artigo de lei que não prevê o controle da gestão da petrolífera pela Controladoria do país. “Na história das empresas do Estado, se diz que foram privatizadas por ineficiência e por corrupção. Queremos que a Auditoria Geral da Nação tenha autoridade para controlar os funcionários e o dinheiro público que vai para a empresa”, afirmou.
Entre os senadores que se abstiveram da votação está a ex-candidata à prefeitura da capital argentina, María Eugenia Estenssoro, da CC (Coalizão Cívica), que afirmou encontrar-se em um dilema: “A razão me diz que eu deveria votar contra porque isso é uma enganação para todos os argentinos”, disse, complementando, porém, que seu “coração indica que os hidrocarbonetos são estratégicos”, mas que não acredita na transparência do Estado que os controlará.
O bloco kirchnerista, por sua vez, defendeu-se reiteradamente das acusações do apoio a Menem na época das privatizações e elogiou a iniciativa governamental. O ex-menemista e atual líder do bloco kirchnerista no Senado, Miguel Ángel Pichetto, afirmou que a privatização da empresa foi um dos maiores erros da década de 1990.(Com  o Opera Mundi)

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