Todo apoio ao MST à nacionalização da YPF pelo governo de Cristina Fernandes Kirchner na Argentina

                                    
Cerca de 1,5 mil Sem Terra levaram seu apoio ao

governo argentino - Fotos: Maria Mello



Na semana em que se mobilizaram em Brasília por Reforma Agrária e pelo fim da impunidade no campo, os cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais Sem Terra acampados na capital federal também levaram seu apoio e solidariedade às iniciativas do governo argentino em defesa da soberania de seu povo. No dia 16 deste mês, a presidenta Cristina Kichner anunciou que o governo encaminhou projeto de lei ao Congresso Nacional estabelecendo a expropriação de 51% das ações da espanhola Repsol na YPF.

Durante o ato, que aconteceu na sexta-feira (20), uma comitiva do MST foi recebida pelo ministro da embaixada, Fernando Brun.

“Somos um processo histórico, herdeiros de lutas travadas por San Martin, Bolívar, Martí, e em todas elas há um elemento fundamental: a construção da “pátria grande”, a pátria latino-americana. O Norte sempre tentou nos afastar disso, mas sempre nasce em cada momento histórico uma luz de integração popular. Hoje há uma possibilidade real de integração dos países que estão na ALBA, na CELAC, para que possamos ter uma integração real, popular, que ninguém consegue deter quando acontece”, afirmou Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST, para quem a nacionalização deveria ser exemplo para o governo brasileiro. “Os recursos naturais são de vocês e são vocês quem têm de cuidar deles, da forma que acharem melhor. Esse exemplo do governo argentino e de seu povo nos faz acreditar que o sonho da integração popular é possível. A presidenta Dilma deveria fazer o mesmo”, defendeu.

“Quero agradecer o apoio do MST ao processo de nacionalização da companhia YPF. Os países e os povos latino-americanos deixaram bem claro qual é a meta da integração: uma integração entre governos, mas que seja diretamente relacionada com a dimensão social e que promova a integração entre os povos. Vocês têm meu compromisso de que as palavras de apoio do MST serão transmitidas à presidente Cristina. Essa solidariedade dos grupos sociais representa muito num momento como esse, porque representa o apoio do povo, mais do que de um governo. De coração, muito obrigado”, disse o diplomata, que também mencionou a necessidade de integração dos povos sul-americanos em defesa da soberania das Ilhas Malvinas. (Com o Jornal de Fato)

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