Defesa de acusado pelo assassinato de jornalistas alega inocência

                                                         
            Walgney Carvalho e Rodrigo Neto (Reprodução:  Estado de Minas)


Alessandro Neves Augusto, conhecido como “Pitote”, acusado de matar o fotógrafo Walgney Carvalho em abril de 2013, prestou depoimento por cerca de uma hora nesta segunda-feira, 28 de julho, no Fórum de Coronel Fabriciano, município no sudeste de Minas Gerais. Uma testemunha também seria ouvida, mas não compareceu. Durante a audiência, o acusado alegou inocência.

Esta é a segunda vez que Alessandro participa de uma audiência de instrução. No entanto, na primeira, ocorrida em março passado, ele não pode ser ouvido, porque ainda faltavam depoimentos de outras testemunhas importantes no processo.

O advogado de defesa, Rodrigo Márcio do Carmo Silva, retornou com a tese de que o assassino de Carvalho é um homem conhecido como Sérgio Vieira da Costa, que teria uma longa ficha criminal. A defesa alega ainda que Sérgio e o fotógrafo assassinado teriam matado o jornalista Rodrigo Neto, em março de 2013.

Segundo o advogado, “Serginho”, que também era amigo de Walgney Carvalho, teve medo de que o fotógrafo falasse alguma coisa sobre a morte de Rodrigo e então teria decidido eliminar Walgney.

No entanto, essa versão já havia sido contestada pelo Ministério Público em Ipatinga e também foi rechaçada pela promotora Carolina Pestana. Serginho também foi apontado por Alessandro como sendo o autor de uma dupla tentativa de homicídio em Vargem Alegre, em 2012.

Caso

A Polícia Civil conclui o inquérito e solicitou à Justiça no dia 13 de agosto, a conversão da prisão provisória de Alessandro Neves Augusto, conhecido como Pitote, e do policial civil Lúcio Lírio Leal em prisão preventiva. Ambos são indiciados como autores do assassinato do jornalista Rodrigo Neto Faria e do fotógrafo Walgney de Assis Carvalho.

Os inquéritos foram concluídos, relatados e entregues à Justiça com o indiciamento de Pitote pelas duas mortes. No assassinato de Rodrigo Neto, as apurações apontaram que Pitote agiu com a ajuda de Lúcio Lírio Leal.

Segundo o inquérito, Pitote estaria em uma motocicleta e teria sido avisado sobre os passos do jornalista por Lúcio. Atualmente, o DHPP trabalha em uma investigação paralela para tentar descobrir a motivação do crime, bem como o seu mandante e ainda se havia alguém pilotando o veículo.

(Com informações o G1) (Com a ABI)

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