Após trabalhar em fábricas de 4 países, sociólogo analisa relações de trabalho no capitalismo


                                                     
No livro 'Marxismo Sociológico', Michael Buroway relata experiência como operário em Zâmbia, Rússia, Hungria e EUA para fazer análise sobre relações de trabalho
      
No livro Marxismo Sociológico, o sociólogo britânico Michael Buroway desenvolve uma análise abrangente das relações de trabalho “no bojo da crise do capitalismo contemporâneo”. Esta é opinião do professor de sociologia da USP (Universidade de São Paulo) Ruy Braga, que escreve o texto de introdução da obra.

“Um dos grandes méritos do trabalho de Michael Burawoy é oferecer instrumentos conceituais e analíticos para a problemática das relações de trabalho na sociedade contemporânea”, afirma Ruy Braga.

Considerado principal sociólogo marxista vivo,  Michael Buroway trabalhou como operário em uma mina de cobre na Zâmbia, em uma oficina nos EUA, em uma metalúrgica na Húngria e em uma fábrica de móveis na Rússia.

Com a experiência, o sociólogo foi capaz de situar os atores sociais, as comunidades e as relações de trabalho de forma mais ampla e abrangente na teoria crítica.

“A experiência do Michael é muito interessante porque não há registro na história da Sociologia de alguém que trabalhou como operário em países e continentes tão distintos. 

Sem dúvida, ele teve experiências - de campo e pesquisa - únicas”, afirma Ruy Braga.

Em Marxismo Sociológico, diz Ruy Braga, Michael Burawoy desenvolve uma teoria que "procura dar conta da reprodução das relações sociais de produção capitalista. Ou seja, uma teoria que enfatiza as estruturas de classe na sociedade capitalista”. (Com Opera Mundi)

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