Cuba: 58 anos da digna Revolução socialista

                                                             

 Héctor Planes Resumen Latinoamericano Cuba (texto e fotos)

2 de janeiro de 2017 – Com a presença do General do Exército e Presidente do Conselho de Estado e de Ministros, Raúl Castro Ruz, tiveram início o Desfile Militar e a Marcha do Povo Combatente na Praça da Revolução de Havana. As palavras de abertura foram pronunciadas por Jennifer Bello Martínez, membro do Conselho de Estado e Presidenta da Federação Estudantil Universitária.

No desfile, estiveram representados momentos significativos da formação da nacionalidade cubana, com a passagem da cavalaria mambisa, a réplica do Granma, as colunas guerrilheiras do Exército Rebelde, combatentes e internacionalistas responsável por inúmeras façanhas e o grupo infantil de teatro La Colmenita [A Colmeita]; uma réplica do Iate Granma que encabeça o Desfile Militar rodeado de um mar de pioneiros; blocos de infantaria; representantes de cada um dos exércitos: Oriental, Central e Ocidental. Seguidamente, de forma compacta, o povo havanês representava todos os cubanos.

Íntegra do discurso de Jennifer Bello Martínez, membro do Conselho de Estado e Presidenta da Federação Estudantil Universitária.

Compatriotas,

Amigos do mundo que hoje nos acompanham,

Povo de Cuba:

Convocados pela história, pelo presente e pelo futuro, viemos a esta histórica Praça apenas dois dias após ter completado o 58° Aniversário do Triunfo da Revolução Cubana, para comemorar o 60° Aniversário da heroica sublevação de Santiago de Cuba e do Desembarque dos expedicionários do Granma, Dia das Forças Armadas Revolucionárias.

Esta comemoração tem motivações especiais que, para cada cubano e cubana, representa compromisso, vontade e segurança no porvir da Revolução martiana, socialista e fidelista. Em homenagem ao Comandante em Chefe da Revolução Cubana e à nossa juventude, herdeira e continuadora das lutas e vitórias de nosso povo, dedicamos este aniversário.

O que acontecerá esta manhã só é possível quando existe um povo unido, expressão máxima com a qual conta com uma revolução de operários, camponeses, estudantes, soldados, homens e mulheres dignos, que vivem orgulhosos desta sociedade.

Em dezembro passado, se cumpriram dois anos dos anúncios sobre a decisão de Cuba e dos Estados Unidos de restabelecerem as relações diplomáticas e de iniciar um processo para a normalização dos vínculos bilaterais. Não teríamos chegado a este momento sem a heroica resistência do povo cubano e sua lealdade aos ideais e princípios que o guiaram ao longo de sua história como nação.

Fica muito por fazer para avançar neste processo, que será longo e como parte do qual terão que ser solucionados os complexos problemas acumulados durante mais de 50 anos. Cuba não deixará de reclamar a suspensão do bloqueio, que causa danos e privações a nosso povo, nem cessará de demandar a devolução do território ocupado pela Base Naval dos Estados Unidos em Guantánamo, contra a vontade do governo e do povo cubanos. Tampouco deixará de exigir o fim dos programas subversivos e intervencionistas, dirigidos a provocar mudanças na ordem política, econômica e social que nosso povo escolheu soberanamente.

Mostra disso foi a mobilização e enérgica participação dos estudantes e de toda a sociedade, que como um vespeiro, proclamamos ante o mundo defender cada conquista. A vanguarda continuará sendo vanguarda, sempre patriotas e anti-imperialistas.

Tal como expressou nosso General do Exército Raúl Castro Ruz em seu discurso de 17 de setembro passado, na XVII Cúpula do Movimento de Países Não Alinhados, celebrado na Venezuela: “Cuba não vai renunciar a um só de seus princípios, nem realizar concessões inerentes a sua soberania e independência. Não vai ceder na defesa de seus ideais revolucionários e anti-imperialistas, nem no apoio à autodeterminação dos povos”.

Como parte da preparação do país para a defesa, desenvolvemos o Exército Estratégico Bastião 2016 com o objetivo de atualizar e exercitar na condução das ações previstas nos planos defensivos e no enfrentamento das diferentes ações do inimigo. O Bastião, elemento essencial na materialização da doutrina da Guerra de Todo o Povo, demonstrou mais uma vez a vontade inquebrantável dos cubanos em defender nossa soberania e preservar a obra da Revolução.

Precisamente, esses foram os princípios pelos quais lutamos desde o grito de independência e, assim, o demonstraremos nesta Revista Militar e marcha do povo combatente, que reúnem em si, nossa história, nossos símbolos, a rebeldia e heroicidade deste povo. Por aqui andarão os mambises cubanos, aos quais a Pátria contempla orgulhosa, chegam sobre seus cavalos com o facão libertador.

A réplica do iate Granma, proeza daqueles valorosos 82 expedicionários que tornaram possível o sonho da libertação nacional, desta vez navegará sobre um mar alegre de pioneiros, os mais novos agitarão seus lenços azuis, com o compromisso de ser o porvir e sempre estar dispostos a conquistar o futuro.

Em passo apertado, marcharão quatro colunas de jovens que representam aqueles bravos guerrilheiros que constituíram o Exército Rebelde; de seu sangue emergiu livre, pujante e invencível a pátria nova.

A epopeia de Girón, decisiva para a nascente revolução, será também lembrada. Desfilarão por esta Praça 90 combatentes daquela heroica batalha, representando o Exército Rebelde, a Polícia e as nascentes Milícias Nacionais Revolucionárias. A decisão de pagar o preço que for necessário pela causa do socialismo continua alimentando os milhões de cubanos que habitam esta ilha.

Hoje também recordamos o trabalho que, com amor e valentia, desempenharam crianças e jovens na Campanha de Alfabetização. 90 estudantes da Universidade de Ciências Pedagógicas Enrique José Varona, vestiram o uniforme que iluminou esta praça quando se içava a bandeira com a qual nosso povo proclamava ante o mundo que Cuba já era Território Livre de Analfabetismo.

Desfilarão, também, sete blocos de combatentes que cumpriram missões de mais de 40 nações, onde foram exemplo de respeito à dignidade e à soberania do país. A confiança ganha no coração desses povos foi fruto da impecável conduta de nossos combatentes.

Nossas meninas e meninos são a esperança, a essência mais pura da obra da Revolução. Chegam em representação de todos os infantes do país, os pequenos integrantes de La Colmenita, abelhinhas operárias que, com seu mel, presenteiam com amor, paz e sabedoria.

Sob o olhar do Apóstolo, nossas tropas – compostas por jovens das instituições docentes das Forças Armadas Revolucionárias e do Ministério do Interior, os integrantes de nossos três corajosos Exércitos, soldados e milicianos – farão com que seu passo marcial e emotivo renda homenagem aos milhares de combatentes que preservam a segurança e tranquilidade do povo cubano.

Representando o caráter popular da defesa do país, desfilarão os conselhos de defesa provincial, municipal e de zona; as Brigadas de Produção e Defesa e nossas milícias universitárias, que ante o chamado da Pátria respondem: Presente!

O povo havanês, representando toda Cuba, encherá a Praça da Revolução com a responsabilidade de continuar lutando por nossa Nação soberana, independente, socialista, democrática, próspera e sustentável.

As novas gerações, como símbolos da vida, do amor, da justiça humana e da Revolução, demonstram o compromisso com a Pátria, com nosso Partido, com Fidel e com Raul, andará estas ruas com o entusiasmo e o ímpeto que caracteriza a juventude cubana, com a convicção de defender este céu e nossa única bandeira.

Desde o dia 10 de outubro de 1868, os cubanos e cubanas decidiram viver em Cuba livre, soberana e independente. Ninguém poderá fazer esquecer nossa história nem os símbolos de resistência deste povo.

Fazemos nossas as ideias do líder histórico da Revolução, na sessão plenária do XVII Congresso do Partido Comunista de Cuba: “A nossos irmãos da América Latina e do mundo devemos transmitir-lhes que o povo cubano vencerá (…). Empreenderemos a marcha e aperfeiçoaremos o que devemos aperfeiçoar, com lealdade meridiana e a força unida, como Martí, Maceo e Gómez, em marcha irrefreável.”

Glória eterna aos caídos pela Pátria!

Viva a Revolução Cubana!

Viva Fidel para Sempre!

Viva Cuba Livre!

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

(Com o site do PCB)

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