Vamos à construção do Memorial dos Direitos Humanos na antiga sede do DOPS


José Carlos Alexandre           


                                                  Em frente ao DOPS, na Afonso Pena
Com a ascensão do novo governo municipal, espera-se que haja mais cooperação com o estadual e o nacional visando tornar realidade duas obras fundamentais para a história do Brasil: tornar realidade o Memorial da Anistia, na Rua Carangola, e transformar realmente o antigo prédio do ex-DOPS num Memorial dos Direitos Humanos de Minas Gerais.

O primeiro, no antigo prédio da Fafih na Rua Carangola teve lançamento cerimonioso, no qual brilharam, dentre outros, o ex-prefeito Marcio Lacerda, o ex-vereador Betinho Duarte e o atual secretário de Direitos Humanos do Estado, jornalista Nilmário Miranha.

Com o último eu até reclamei, na ocasião, que o PCB não havia sido citado dentre os partidos presentes.

Logo depois na fala do Marcio Lacerda caiu um temporal e tudo se dispersou...

Mas a ideia parece não ter morrido. Tanto assim que nasceu ali mesmo a criação de uma Associação dos Amigos do Memorial da Anistia, que depois teve posse solene na primeira diretoria no Teatro da Cidade.

Houve mudança nos governos estadual e nacional.

Quanto ao Memorial na antiga sede do DOPS, tive ocasião de cobrá-lo incansavelmente no período em que estive no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, que deveria ser um dos órgãos responsáveis pela sua implantação e manutenção.

O Betinho Duarte conseguiu aprovar em âmbito municipal, resolução criando o Memorial, mais ou menos nos termos em que prevê a lei de 2000, assinada pelo então governador Itamar Franco.

Como se vê, os passos foram dados.

Falta alguém para unir os governos municipal, estadual e nacional para tornar realidade, pelo menos  o Memorial na sede do antigo DOPS.

Está fazendo falta nestes tempos em que alguns mais ousados chegam a defender maus-tratos a presos e até acontecimentos como estes gravíssimos que estão ocorrendo no Norte do Brasil.

Vamos relembrar os que passaram por torturas e perseguições na época da ditadura cívico-militar para que não voltem jamais atentados aos direitos humanos.

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