Querem reduzir piso salarial dos jornalistas

                                                    


 Sindjornal faz assembleia
 pra discutir plano de
 luta contra a proposta patronal


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) realiza neste sábado (27/04) uma assembleia geral, às 10 horas, na sede do Sindicato, com o objetivo de avaliar a proposta apresentada pelos patrões nas negociações salariais deste ano. Entre outros ataques aos trabalhadores, as empresas querem rebaixar o piso salarial da categoria. 

“Nós já passamos nas redações das empresas convocando os companheiros para a assembleia geral de sábado, e mostrando o quanto o proposto pelas empresas é danoso para os jornalistas alagoanos”, afirma Izaías Barbosa, presidente do Sindjornal, acrescentando que o clima entre os jornalistas é de total indignação. “As empresas estão propondo reduzir o piso salarial de R$ 3.565,27 para R$ 2.150,00; implantação do banco de horas; tele trabalho e compensação de jornada. Não vamos aceitar”, comenta Barbosa.

Para o Sindjornal, o momento é de mobilização e resistência. Durante a assembleia deste sábado, os jornalistas vão discutir e preparar um plano de lutas a ser colocado em prática nos próximos dias, para denunciar o nefasto plano das empresas de comunicação de Alagoas, que busca aprofundar a precarização do trabalho no setor.

Sistema Pajuçara de Comunicação (Rede Record), que tem como sócios proprietários o prefeito de Maceió, Rui Palmeira e o usineiro João Tenório; TV Gazeta de Alagoas (Rede Globo), pertencente ao senador Fernando Collor e TV Ponta Verde (SBT) do grupo Sistema Opinião de Comunicação estão entre as principais empresas que apresentaram a proposta de rebaixamento salarial para os jornalistas. 

O Sindjornal pretende elaborar um calendário de atividades junto à categoria e com apoio de centrais sindicais e outras entidades classistas, marcando manifestações com objetivo de denunciar para sociedade, o descaso dos patrões do setor de comunicação para com os trabalhadores de suas empresas.

Na opinião da segunda vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e também diretora do Sindjornal, Valdice Gomes, que tem acompanhado as negociações, a proposta dos patrões é ultrajante e indecente. “É ainda um total desrespeito à história de lutas do sindicato e da categoria. 

O nosso piso, na época em que foi conquistado, resultado de uma greve histórica liderada por companheiros que estavam á frente do sindicato, era de 05 salários mínimos. A partir da Constituição de 88, com o fim da desvinculação do mínimo nacional como base de cálculo para os salários passamos a ter perdas e hoje o valor não chega a 3,6 salários mínimos”, lembrou a dirigente, reforçando a necessidade de mobilização da categoria.

(Com a FENAJ)

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