América Latina registra 38 ataques contra jornalistas em janeiro, registra o "Portal Imprensa"

                                                                         
     
A América Latina registrou 38 ataques contra jornalistas em nove países, segundo levantamento da plataforma virtual Voces del Sur. Desses, quatro foram no Brasil.

Entre os agressores, 22 são atores estatais. Do total de alertas registrado, 17 correspondem a ataques, seis a discursos estigmatizadores, quatro restrições na internet e quatro ao uso abusivo do poder estatal. 

Foram feitos três processos judiciais contra jornalistas, três impedimentos ao acesso à informação e uma detenção arbitrária.

Na Venezuela, Nicarágua e Equador foram feitos oito ataques. A Bolívia registrou cinco casos. Brasil e Honduras contaram quatro alertas, cada um. O Peru teve um ataque caso. Argentina e Uruguai não registraram nenhum caso.

Entre os alertas mais importantes de janeiro está a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o jornalista Glenn Greenwald, que foi acusado de participar ativamente da violação da confidencialidade das conversas das autoridades públicas investigadas na operação Vaza Jato.

Na Nicarágua, o Diario La Prensa, o mais antigo do país, completou em janeiro 74 semanas de bloqueio aduaneiro, o que impediu a remoção do papel necessário para imprimir a edição. 

Na Venezuela, a violência e os ataques à imprensa são na tentativa de impedir o acesso dos deputados à Assembléia Nacional. Cerca de seis jornalistas foram atacados no dia 15/01 enquanto os deputados iam para a sede do parlamento da Flórida, onde fica a casa do partido de Ação Democrática.

A Agência de Regulamentação e Controle de Telecomunicações (Arcotel) do Equador notificou Orlando Pérez, gerente geral da Pichincha Comunicaciones EP, de que não renovará a concessão à Rádio Pichincha Universal por “prejudicar a segurança do Estado” durante o Greve 

A ministra da Comunicação da Bolívia, Roxana Lizárraga, alertou que as mensagens emitidas pela rádio Kawsachum Coca não atendem aos objetivos de informação e disse que “a liberdade de expressão tem seus limites”.

No dia 12 de janeiro, um homem encapuzado incendiou o veículo do Élder Cortés, diretor do canal de TV Copaneco, em Santa Rosa de Copán, no oeste de Honduras. 

No Peru, policiais e promotores da 12ª Promotoria Provincial da Promotoria de Callao invadiram a casa da editora do jornal Expreso, María Teresa García para apreender uma câmara localizada na casa que permitiria a identificação dos autores de um assalto. 

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