Cobertura jornalística de política, crimes e corrupção é mais perigosa do que a de guerras, aponta órgão da Unesco

                                                                         
De acordo com o relatório Intensified Attacks, New Defences (Ataques Intensificados, Novas Defesas), recém-lançado pelo Observatório de Jornalistas Assassinados da Unesco, a maioria das mortes de jornalistas em função de exercício profissional de 2019 ocorreu em países sem conflitos armados.

Para os responsáveis pelo relatório, isso corrobora a tese de que a cobertura jornalística de política, corrupção e crime já é mais perigosa do que a feita em zonas de guerra. 

Ainda de acordo com o estudo, a região da América Latina e Caribe teve o maior índice de assassinatos em 2019, com 22 no total. 

Em seguida vem a região Ásia-Pacífico, com 15 assassinatos de jornalistas no ano passado, e os Estados árabes, com 10.

Lançado em 2018, o Observatório de Jornalistas Assassinados da Unesco busca combater a impunidade de crimes cometidos contra profissionais da imprensa. 

Reunindo dados de investigações judiciárias de jornalistas assassinados desde 1993 (num total de 1.373 mortes), o Observatório concluiu que, no período entre 2014 e 2018, 495 jornalistas foram assassinados no mundo, 18%  a mais do que no período de 2009 a 2013.

O relatório também sublinha aumento nas ameaças e assédios digitais, principalmente tendo como alvo jornalistas mulheres. 

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