“Os inimigos”
Pablo Neruda
Por esses mortos, os nossos mortos,
peço castigo. Para os que salpicaram a
pátria de sangue, peço castigo. Para o
verdugo que ordenou esta morte, peço
castigo. Para o traidor que ascendeu
sobre o crime, peço castigo. Para o que
deu a ordem de agonia, peço castigo.
Para os que defenderam este crime,
peço castigo. Não quero que me dêem
a mão empapada de nosso sangue,
peço castigo. Não vos quero como
embaixadores, tampouco em casa
tranqüilos. Quero ver-vos aqui
julgados nesta praça, neste lugar.
Quero castigo!”
Quando isso finalmente acontecer,
peço castigo. Para os que salpicaram a
pátria de sangue, peço castigo. Para o
verdugo que ordenou esta morte, peço
castigo. Para o traidor que ascendeu
sobre o crime, peço castigo. Para o que
deu a ordem de agonia, peço castigo.
Para os que defenderam este crime,
peço castigo. Não quero que me dêem
a mão empapada de nosso sangue,
peço castigo. Não vos quero como
embaixadores, tampouco em casa
tranqüilos. Quero ver-vos aqui
julgados nesta praça, neste lugar.
Quero castigo!”
Quando isso finalmente acontecer,
ouviremos emocionados os sinos da catedral
Quero castigo!
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