Protesto na Cidade Administrativa


TÚLIO LOPES

Debaixo de chuva, cerca de duas mil pessoas estão reunidas desde o começo da tarde desta terça na frente da nova sede administrativa do governo de Minas, no bairro Serra Verde, em Belo Horizonte.Em protesto por melhorias salariais e de trabalho os servidores da educação, saúde e segurança pública fecharam a MG-10 no sentido Lagoa Santa – Belo Horizonte e rodearam a pista que circunda o centro.De acordo com o Batalhão de Eventos da Polícia Militar não houve tumulto ou confusão. Cerca de 400 militares acompanham o movimento.
Servidores da educação em BH e no estado cruzam os braços
PARALISAÇÃO
Os servidores da educação do estado e da Prefeitura de Belo Horizonte estão de braços cruzados nesta terça-feira. Eles cobram reajuste e reposição de perdas salariais. De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da capital, Adriana Mansur, a categoria quer a reposição de 22,41% das perdas por causa da inflação. Ela afirma que estão sem reajuste salarial desde 2007
O Sindicato também luta contra a Lei 9815/10. Segundo Adriana Mansur, a lei não ajuda em nada os professores. "A lei é um absurdo, ela prevê abono de fixação somente para algumas escolas; prêmio de orientação pedagógica, mas para receber o servidor tem que participar de reunião fora do horário de trabalho; e o pior, o servidor não pode ter nenhum dia de licença médica. Além disso a lei não beneficia os auxiliares de escola e os aposentados", explica a diretora.Durante a manhã, a diretoria do sindicato se reuniu e às 13h ocorre uma assembleia geral. Ainda conforme o sindicato, a paralisação atinge cerca de 70% das 230 unidades, entre escolas e unidades de educação infantil. A rede municipal tem mais de 120 mil alunos. A Secretaria Municipal de Educação deve falar ainda esta terça sobre o movimento dos servidores.Já na rede estadual, os servidores estão mobilizados para uma grande manifestação, reivindicando a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a categoria está sem reajuste há três anos. O piso salarial do professor de nível médio de escolaridade é de R$ 336 e dos professores com graduação o piso é de R$ 500,49. Representantes do sindicato também se reuniram pela manhã e, a partir das 14h, os servidores fazem uma concentração na Cidade Administrativa, onde fazem uma assembleia geral e protesto.De acordo com a coordenadora do SindUTE, Beatriz Cerqueira, além dos servidores em educação, todo o funcionalismo público do estado foi convocado para a manifestação.A Secretaria de Estado de Educação informou que o número de escolas paradas só será informado depois da contagem nas 46 superintendências de ensino em todo o estado. Sobre as reivindicações, o governo só vai se pronunciar depois da manifestação marcada para as 14h.

Comentários

Romu disse…
Pesquisa do IPEA demonstra que o índice de produtividade e eficiência do setor público é 45% maior que no privado. E mais, os estados que passaram por choques de "jestão" apresentaram menor eficiência do que os q não. Acessem:
http://desafios.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=11427