Cai o presidente da Tunísia




O presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, renunciou nesta sexta-feira após um mês de protestos contra o desemprego, a inflação e a corrupção no governo.
O anúncio foi feito na TV estatal tunisiana pelo primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi, que disse estar assumindo “temporariamente” o poder no país.
A renúncia ocorreu após o governo decretar estado de emergência e um toque de recolher enquanto milhares de manifestantes protestavam na capital Túnis, nesta sexta-feira.
O decreto proibia reuniões de mais de três pessoas em lugares públicos, e as forças de segurança foram autorizadas a abrir fogo contra quem não obedecesse suas ordens.
Soldados cercaram o principal aeroporto do país, em Túnis, e o espaço aéreo tunisiano foi fechado.
A polícia dissipou com gás com lacrimogêneo a multidão, que exigia a renúncia imediata do presidente.
Na quinta-feira à noite, Ben Ali, presidente da Tunísia desde 1987, anunciou que deixaria o poder em 2014
Médicos dizem que 13 pessoas foram mortas em confrontos na quinta à noite em Túnis, e há relatos não confirmados de que cinco pessoas morreram em protestos na sexta-feira nos arredores da capital.
Grupos de direitos humanos afirmam que mais de 60 pessoas morreram nas últimas semanas, à medida que a turbulência crescia no país.
A Tunísia, localizada no Norte da África, foi colonizada no ano 1000, antes de Cristo, pelos fenícios que fundaram Cartago, importante porto do Mediterrâneo. Fez parte dos impérios romano e otomano e esteve sob domínio francês até a independência em 1956.(Com o Correio do Brasil, El País, Brasil de Fato, Rebelión/Divulgação)

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