“Lennon Está Conosco”.


Na véspera do Dia Mundial dos Beatles, instituído pela UNESCO em homenagem ao lendário conjunto pop inglês e comemorado todo ano em 16 de janeiro, na grande cidade russa de Ekaterinburg, na região dos Urais, foi inaugurada a exposição “Lennon Está Conosco”.
“The Beatles” são um dos fenômenos mais brilhantes da cultura mundial do século XX. Já há muitos anos que os “Quatro Cabeludos de Liverpool” vão adiante dos outros músicos em grau de popularidade. E o número de admiradores desse conjunto, em vez de decrescer, vai, pelo contrário, conquistando novos adeptos, principalmente entre a juventude. Aí, a Rússia aparece entre os líderes. Clubes de fãs dos Beatles existem em praticamente cada cidade, mas é justamente Ekaterinburg que se pode chamar de “centro da beatlomania russa”. Foi lá instalado um monumento aos Beatles, o primeiro da Rússia, representando uma composição em metal fundido formada pelas silhuetas dos componentes da famoso grupo, tendo como pano de fundo uma parede de tijolo. E ao lado foi aberto um “Pátio dos Beatles”, onde são organizadas apresentações de populares intérpretes russos e estrangeiros.
A mostra “Lennon Está Conosco” reúniu obras de vários pintores dos Urais. Uma brihante série de desenhos fruto de associações musicais inspiradas na obra dos Beatles foi apresentada por Feliks Smirnov. Serghei Perfeniuk, conhecido pintor vanguardista cujas criações integram a edição mundial “Beatles Art” e foram reconhecidas pelo próprio sir Paul McCartney, dedicou aos seus ídolos uma série de telas. Já Olga Shaerman criou uns retratos esplêndidos de John Lennon e Yoko Ono, influenciados pelo famoso “Álbum Branco”.
Praticamente todos os artistas “underground” russos experimentaram, cada um em sua época, a força mágica dos Beatles, mas especialmente os músicos. Um deles, Vladimir Rekchan, roqueiro, escritor e organizador do festival “`Beatles´ à Russa”, está recordando:
"Estou lembrando como se fosse hoje mesmo: estamos em meados dos anos 60, a rádio toca umas canções dos Beatles com comentários tipo “são nossos amigos carregadores portuários de Liverpool”, assim criando nos ouvintes uma certa sensação de afinidade classista. Não sei explicar o porquê, mas isso me traspassou, a mim e os meus companheiros de escola, pois logo sentimos estar aquilo também na massa do nosso sangue ", diz o músico.(Com a Voz da Rússia/ Елена Волченкова/Divulgação)

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