PLENÁRIA NACIONAL DA INTERSINDICAL

Nos dias 27 e 28 de novembro realizamos a Plenária Nacional da Intersindical, juntos metalúrgicos, operários na construção civil, bancários, químicos, trabalhadores no setor plástico, vidreiros, sapateiros, vigilantes, trabalhadores no processamento de dados, estivadores, funcionários públicos, professores, petroleiros,vigilantes, trabalhadores nos transportes, radialistas, trabalhadores nos correios, jornalistas e diversas outras categorias dando o salto de qualidade para uma ação do conjunto da classe trabalhadora.

Todas as regiões do País garantiram com muito esforço militante sua participação na Plenária, o que fez com que a Plenária fosse bem maior do que a pensamos, demonstração concreta da disposição de ampliação desse Instrumento.

No balanço de nossas ações a partir do Encontro Nacional de Abril, pudemos comprovar que nossa decisão de consolidar a Intersindical como um instrumento de organização e luta não só foi acertada como foi capaz de ampliar nosso espaço dentro do movimento.

Na plenária avançamos em nossa organização nacional nos ramos de atividade, decidimos um calendário de ações organizativas para o norte e nordeste, elencamos as principais disputas sindicais onde vamos estar e definimos um calendário de ações nos estados que passam por formação, debates e as mobilizações para o próximo ano, pois não subordinaremos a luta da classe trabalhadora ao calendário eleitoral.

Continuamos a ousar. Definimos que as pautas discutidas em boa parte do movimento como políticas permanentes, mas que sempre ficam relegadas ao gueto ou secundarizadas farão parte das ações gerais da Intersindical, como a lutas das mulheres trabalhadoras, o enfretamento contra a opressão e maior exploração na discussão de etnia. Um belo momento da plenária foi a ação das mulheres da Intersindical ao apresentar nosso trabalho para o próximo período.

Somos diferentes, não desiguais portanto a luta das trabalhadoras é a luta geral da classe contra o Capital e seu Estado. Mulheres dirigentes que juntas com os companheiros estão inscritos nesse novo ciclo a fazer do especifico uma luta da classe trabalhadora e a construir novas relações.

Reativamos nosso Coletivo Nacional de Formação que se reunirá até o primeiro trimestre de 2010 para a elaborar nosso Programa de Formação do próximo período dando continuidade ao trabalho que passa pela base nos sindicatos e oposições e para o conjunto da coordenação da Intersindical.

Afirmamos nossa decisão de não nos submetermos ao caminho mais fácil. O caminho da lógica formal e institucional de que basta a construção de uma nova central para superar o problema de fragmentação do movimento.

A central que supere os instrumentos do passado não será resultado do ajuntamento de diversos setores do movimento, mas sim a partir de uma ação enraizada junto à classe.

Foram dois dias intensos, de muita discussão que não se pautou pela retórica e sim por definir muito trabalho nos ramos e estados onde estamos e de avançar para os espaços onde a classe está sob a direção daqueles que são mediadores dos interesses do capital.

Com a garra que nos trouxe até aqui encerramos nossa Plenária afirmando a Intersindical com um instrumento de luta e organização da classe trabalhadora, que seguirá na unidade de ação com todos aqueles que não se submeteram a conciliação de classes.

Uma Intersindical que seguirá organizando a partir dos locais de trabalho a luta contra o Capital e seu Estado e nas ações cotidianas recolocar não como utopia mas, como necessidade a construção de uma nova sociedade socialista.

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