DIFÍCIL E DESVALORIZADA VIDA DE APOSENTADOS


Só agora consigo ver os motivos que levaram meus pais, velhinhos e aposentados, depois de trabalharem mais de 60 anos duramente, e,também, meus irmãos após os 70 anos, a continuar numa labuta infernal diária.

 Eu então rapazinho me perguntava: quando eles irão descansar e curtir a vida? Nunca. Foram naquele batido até à morte, com a Previdência Social, portanto,devendo muito pra eles, principalmente no que tange à qualidade de vida.

Bem feito pra eles! Escolheram a profissão errada. Foram tropeiros, negociantes, empresários; minha mãe foi professora na roça e depois virou dona de um hotelzinho de mensalistas na Rua Raul Soares, em Caratinga. Nos quatro casos, as aposentadorias não valiam nada, ou valeram qualquer coisinha um dia. Depois foram comidas pela inflação.

Claro que minha Dona Geralda não teria como ser ex-jogadora de futebol, campeã do mundo em 58, 62 e 70. Estavam em idades provectas. No entanto, suas aposentadorias poderiam passar por reajustes decentes, sem aquele casuísmo de redutor. Teriam recebido até à morte e deixado pensões decentes a quem de direito.

Coloco aqui o caso do meu cunhado, casado com minha única irmã. Morreu jovem, com uns 52 anos, crente que deixava a viúva numa boa situação. Que nada! Benefício comido pelo governo.

A presidente Dilma ( ou presidentA como gosta de ser chamada) a despeito da propaganda política de seu partido e da pregação de seu antecessor, Lula, continua com o pé da responsabilidade social fora do trilho, quanto aos aposentados.

 E comete os erros políticos de vários outros antecessores. Em junho, ele sancionou a Lei Geral da Copa do Mundo no Brasil que passou nosso País à administração da Fifa. Pode ser até que melhore administrativamente, mas o diabo da corrupção continuará mais forte.

No artigo 37 desta lei, a Presidente agride os direitos dos aposentados que passaram a vida toda sustentando esse fundo no qual os governantes e seus asseclas metem a mão. Estabelece que os jogadores titulares e reservas durante as Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970 recebam R$ 100 mil a título de premiação e uma aposentadoria no teto máximo, hoje em R$ 3.800,00. Os falecidos passam o benefício aos herdeiros necessitados.

A lei é falha até no princípio da isonomia, visto que não estende os mesmos direitos aos campeões de 94 e 2002. A briga quanto esse disparate foi aberta pelo jornalista Átila Nunes, em seu programa na Rádio Bandeirantes, intitulado "Reclamar Adianta". Quero só ver se vai adiantar, realmente.

Na minha condição de aposentado, sofro na carne. Minha aposentadoria vem pela metade porque o INSS não reconheceu dois anos de carteira assinada na Rede Mineira de Rádio, que não fez o recolhimento devido. Não é culpa minha, mas do senador Clésio Andrade então dono da rede.

Também, não aceitou um ano em que estive na Ademg, apesar da documentação comprovar que o recolhido foi para os cofres do INSS.

Entrei, claro, na  Justiça Federal. Outro dia, foi realizada a primeira audiência. Apareceu por um procurador do órgão completamente fora do assunto.Entrou calado e saiu mudo, sem ao menos cumprimentar os presentes. Além de tudo, grosseiro. Não quis fazer nenhuma pergunta à testemunha, Geraldo Magno, que assinou minha carteira na Rede de Rádio.

Pergunto então por que estender mais o assunto e dando-me o prejuízo se uma canetada presidencial mal dada vale muito mais que o respeito aos direitos alheios? Me ajuda aí, presidenta popular deste novo e decantado Brasil

O leitor José Antônio, de Belo Horizonte, tem sempre ótimos pitacos. Vou aproveitar o último deles. Leiam com atenção:

"Parte superior do formulário

Não sou atleticano. Mas, pensava que este ano seria a sua vez de levantar a taça. 
A propósito caro Flávio, o Atlético foi campeão em 1971. Esta década me leva a fazer uma reflexão, e veja o que conclui.

Na época da 'chamada' ditadura... podíamos namorar dentro do carro até a meia- noite sem perigo de sermos mortos por bandidos e traficantes. Mas, não podíamos falar mal do presidente. Podíamos ter o INPS como único plano de saúde sem morrer a míngua nos corredores dos hospitais. Mas não podíamos falar mal do presidente. 
Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem,quem era bandido e quem era terrorista. 
Mas, não podíamos falar mal do Presidente. Podíamos paquerar a funcionária, a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem correr o risco de sermos processados por “assédio sexual”. Mas, não podíamos falar mal do Presidente. 

Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! negão!), credo (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua
bicha!) e não éramos processados por “discriminação” por isso. Mas, não podíamos falar mal do presidente. 
Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e dirigir o carro para casa, sem o risco de sermos jogados à 
vala da delinquência, sendo preso por estar “alcoolizado”. Mas, não podíamos falar mal do Presidente. Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental. Mas, não podíamos falar mal do presidente. Podíamos ir a qualquer bar ou boate, em qualquer bairro da cidade, de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos assaltados, sequestrados ou assassinados. Mas, não podíamos falar mal do presidente. 
Hoje a única coisa que podemos fazer... ...é falar mal do presidente! 
Como a DEMOCRACIA é cara!!
Resposta: Hehehe,realmente é cara. A gente precisar saber conviver com ela. Todo mal de hoje, citados por você, não se esqueça jamais,que foram frutos da Ditadura.


Flávio Anselmo
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