García Márquez entre os escritores com mais vendas na China



                             
O colombiano Gabriel García Márquez, junto ao britânico J.K Rowling e o estadunidense Walter Isaacson foram os principais autores estrangeiros que mais ganharam na China pela venda de seus livros em 2012, segundo divulgado hoje.

A informação foi publicada junto à lista dos escritores chineses que mais obtiveram lucros este ano, lista que tem em primeiro lugar Zheng Yuankie, que por 35 anos se dedicou à literatura infantil e é conhecido como O rei dos contos de fadas na China.

Os royalties de Zheng superaram em 2012 quatro milhões 120 mil dólares.

O recentemente homenageado Prêmio Nobel de Literatura Mo Yan se coloca na segunda posição com cerca de três milhões 450 mil dólares, e entra na lista pela segunda vez. A primeira foi há 20 anos, mas em vigésimo lugar.

Segundo seus publicistas, a média de vendas dos livros de Mo era de uma centena ao mês, mas agora a cifra é de oito mil por dia.

Outro escritor de literatura infantil, Yang Hongying, também aparece nesta relação dos escritores chineses que mais ganharam no ano, uma iniciativa de Wu Huaiyao que pretende promover a ideia neste país de que ser escritor é respetável e lucrativo, um tema que os autores chineses se recusam a abordar.

Wu começou este trabalho em 2006, em um momento no qual a literatura não aparecia entre as profissões preferidas na China e os autores mal podiam se manter com seu trabalho. Só queria mudar esses estereótipos e, ao mesmo tempo, promover a leitura, declarou.

Como novidades este ano, a maioria dos 30 autores com mais lucro em 2012 publicam literatura para adolescentes e que a última posição é ocupada, pela primeira vez, por uma personalidade das colunas sociais chinesas, o jovem ator e cantor Chen Kun, por seu livro sobre viagens ao Tíbet.

Wu, um pesquisador literário em Xanghai e ex-repórter nesta capital, disse que a lista de 2012 mostra que a maioria dos leitores na China ainda são crianças e adolescentes e espera que seu trabalho contribua com os editores sobre as tendências de leitura neste país asiático.

Não foi publicado quanto ganharam García Márquez, Rowlings e Isaacson com a venda de seus livros no mercado chinês.(Com a PL)

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