Após golpe, Tailândia amplia censura e emissoras só podem veicular material militar

                                                                
  
Nesta quinta-feira (22/5), o comandante do Exército da Tailândia, Prayuth Chan-Ocha, fez um pronunciamento nas emissoras de rádio e televisão do país anunciando a instauração de golpe militar no país. Embora o alerta avisasse a população que a medida foi tomada para restaurar a ordem e promover reformas políticas, a nova administração aumentou o nível de censura na região, afetando emissoras internacionais como a britânica BBC e a norte-americana CNN, que foram suspensas. 

Segundo EFE, a situação também impede a realização de assembleias, que são caracterizadas pelos militares como qualquer reunião pública que contenha mais de cinco pessoas, e o desmantelamento de acampamentos dos manifestantes antigovernamentais e pró-governo em Bangcoc, capital do país. 

A tomada de poder ocorreu após generais considerarem fracassadas as reuniões entre membros do Executivo interino e opositores, articuladas como uma tentativa de pôr fim à crise no local.  Desta forma, Prayuth dissolveu o governo interino e se autodeterminou como chefe do conselho que assumirá o poder de forma provisória. 

Em uma das suas primeiras ações no novo cargo, o comandante mandou interromper a programação normal de emissoras do país para que somente sejam veiculados material militares. De acordo com a Reuters, um porta-voz interino do Exército transmitiu um comunicado exibido na televisão conclamando a medida. "Todas as rádios e estações de TV, via satélite ou cabo, devem interromper a programação normal e veicular conteúdo do Exército até segunda ordem", disse Winthai Suvaree. 

A Tailândia vive uma grave crise desde 2006, quando um golpe de Estado derrubou o ex- primeiro-ministro Thaksin Shinawatra. Os "camisas vermelhas", seguidores de Thaksin, ameaçaram aumentar seus protestos em Bangcoc caso o Exército tomasse o poder. (Com o Portal Imprensa/Efe/Opera Mundi)

Comentários