Mais uma vez a luta contra a repressão em São Paulo


                                                            


PM reprime protesto e joga bombas de gás em estação de metrô em SP


Periferia em Movimento

Violência policial marcou ato contra as violações de direitos humanos durante os preparativos para a Copa do Mundo; trabalhadores passaram mal devido ao efeito do gás das bombas lançadas pela PM



José Francisco Neto,

de São Paulo

O ato contra a Copa do Mundo realizado nesta quinta-feira (15) em São Paulo começou de forma pacífica, até a primeira bomba de gás lacrimogêneo da Polícia Militar ser lançada contra os manifestantes. Muitos se dispersaram pela rua da Consolação, sentido centro. Outros se dividiram e, no corre-corre, entraram na estação de metrô da Paulista.

A PM cercou os manifestantes e lançou bombas de gás dentro da estação. Muitos trabalhadores, idosos e crianças que retornavam para a casa passaram mal devido ao efeito provocado pela bomba. Uma nuvem de fumaça tomou conta de toda a estação, fazendo com que até os seguranças da linha amarela do metrô passassem mal.

A reportagem do Brasil de Fato conversou com alguns passageiros que criticaram a ação da PM. “Desnecessário fazerem isso. Isso só gera mais violência”, disse um rapaz que estava com dificuldade para respirar por causa do gás.  

Na rua, a PM continuou a repressão, chegando, inclusive, a pisotear uma menina. Cerca de 30 pessoas foram detidas acusadas de vandalismo.

Início

Os manifestantes começaram a se concentrar às 17h na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Eles ficaram no local por cerca de duas horas, antes de saírem em passeata pela Rua da Consolação.

O protesto, que faz parte do Dia Internacional de Lutas contra a Copa, foi organizado pelo Comitê Popular da Copa em São Paulo. O ato, segundo o comitê, busca dar visibilidade às violações de direitos humanos durante os preparativos para a Copa.

Ainda antes do início da passeata, os militantes projetaram, na lateral de um edifício na Avenida Paulista, os valores gastos na organização do evento e o nome de operários que morreram em obras de construção de estádios.(Com o Brasil de Fato)

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