Para Sindicato dos Jornalistas, PM usou tortura psicológica em repórter de “O Globo”


                 
                                                                                         Divulgação
                    Vera Araújo foi detida e denunciou policial por abuso de autoridade
  
Na última segunda-feira (16/6), o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro (SJRJ) se reuniu com um advogado para analisar quais medidas deverão ser tomadas pela entidade após a prisão da repórter Vera Araújo, do jornal O Globo. O caso ocorreu quando a profissional tentava filmar um torcedor argentino detido por policiais militares por ter urinado na rua.

Segundo o portal R7, a presidente do sindicato, Paula Máiran, disse que não vê a prisão como um ato isolado ou desvio pontual de conduta. Ela informou ainda que de maio de 2013 até maio deste ano, 72 jornalistas sofreram agressões da polícia militar do Rio de Janeiro, ou seja, cerca de 80% dos casos de violência registrados. 

Segundo ela, apesar de Vera contar com o apoio do jornal, a entidade pretende tomar uma medida de interesse coletivo para uma maior prevenção jurídica nesses episódios. "A gente entende que a violência não foi só prender e ferir, foi também de torturar. Porque circular com ela de carro, durante algumas horas antes de levar para a delegacia, infere em tortura psicológica. A punição do indivíduo não basta", pontuou.

A presidente do SJRJ lembrou também que as autoridades foram notificadas em abril deste ano após um episódio similar, quando outro jornalista do jornal O Globo, Bruno Amorim, foi detido por PMs enquanto registrava a ação policial na desocupação da Favela da Oi, no Engenho Novo (RJ). (Com o Portal Imprensa)

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