Assassinatos de travestis


Em menos de três dias, dois travestis foram assassinados em Uberaba. Em ambos os casos a polícia acredita que os crimes possam ter ligação com o tráfico de drogas.
Na quinta-feira (8), Diego de Souza Oliveira, 22 anos, foi morto após ser atingido por seis tiros no momento em que encontrava na avenida João XXIII, na Vila Raquel. Testemunhas afirmaram que a vítima frequentava a região onde foi encontrada ferida. Durante o momento em que era atendido, Diego repetia constantemente o nome “Cezinha”, levando os militares a deduzir que este tenha sido o autor dos disparos.
O crime, registrado ontem, aconteceu no bairro Alfredo Freire. O corpo de Jones da Silva Bulhões, 37 anos, foi localizado no interior de sua residência, na avenida Rufina Assis Guimarães, apresentando um ferimento na altura do tórax, provavelmente provocado por objeto cortante.
Em entrevista à Rádio JM, o comandante do 4° Batalhão, tenente-coronel João Lunardi, ressaltou que os travestis pertencem a um grupo vulnerável, pois a maioria fica nas ruas da cidade. Ainda assim, para ele, o fator tráfico de drogas pode ter sido a causa das duas mortes. Segundo Lunardi, pode se tratar de “acertos de contas”.
Violência. Na mesma entrevista, Lunardi destacou a diminuição nas ocorrências de crimes violentos. Em relação ao mesmo período do ano passado, foram registrados 41 roubos a menos na cidade. Ainda de acordo com os números apresentados pelo comandante, no mesmo período do ano passado foram 19 roubos à mão armada, com utilização de armas de fogo, a menos em 2010. “Além disso, estamos mapeando os locais de receptação, cumprimos 40 mandados de busca e apreensão, juntamente com a Polícia Civil, e já sabemos quem está cometendo esse tipo de delito”, reforçando que os receptadores impulsionam os registros de furtos e roubos na cidade.
Imagem: Latuff/Divulgação)

Comentários

Osmar Rezende disse…
Envolvidos ou não com as drogas, é necessário apurar detalhadamente esses crimes contra travestis, pois nós, LGBTs, já estamos cansados de ver jogarem pra debaixo do tapete crimes de homofobia maquiados como "drogas".