gonçalo Coelho dos santos, Virgílio Veado, Dídimo Paiva, dinorah MARIA DO cARMO, kerrison, Aloísios, Washington Mello, Ricardo Carvalho, José Federico Sobrinho, quantos jornalistas, quantos lutadores...todos, do passado e do presente merecem todas as honras neste 75 anos da antiga UNIÃO DOS tRABALHADORES DO LIVRO E DO JORNAL...

                                 


Fundado no dia 6 de setembro de 1945, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais acaba de fazer 75 anos. Diferentemente do aniversário de 70 anos, comemorado com uma série de eventos, entre eles uma sessão especial da Assembleia Legislativa, os três quartos de século do SJPMG foram completados numa conjuntura excepcional, adversa, em consequência da pandemia do novo coronavírus, mas também de uma espécie de doença que começou com o golpe de 2016 e nos últimos anos foi devastadora para a democracia, o sindicalismo e os trabalhadores brasileiros. Censura, perseguição a jornalistas, disseminação de informações falsas, corte de direitos trabalhistas, eliminação das fontes de renda dos sindicatos, desmonte do Estado são alguns dos retrocessos que não faziam parte da vida brasileira há cinco anos e que se tornaram realidade em 2020.


Uma coisa, no entanto, não mudou nem mesmo com o golpe, nem mesmo com a pandemia: o SJPMG continua atuante como sempre, em defesa dos jornalistas e do jornalismo.


Desde a reforma trabalhista do governo Temer, o SJPMG depende exclusivamente dos jornalistas para sobreviver. Mesmo fazendo todos os cortes de despesas possíveis, e ainda privado de fontes de receita como bazares e aluguel do espaço cultural, por causa do isolamento social, o Sindicato continua lutando bravamente, apelando para o apoio de todos os jornalistas – associados, recém-formados, aposentados, estudantes –, para não deixar de funcionar, nem deixar sem amparo uma categoria cada vez mais imprescindível para o país.


Provas da luta incansável do SJPMG são as várias atividades realizadas com sucesso e reconhecimento durante a pandemia, como o Curso Livre de Jornalismo, a série de debates Jornalistas Ao Vivo, a inauguração da seção ‘Para não dizer que não falei de crônicas’, a dinamização da comunicação nas redes sociais, as campanhas de filiação e de pagamento da Anuidade 2020, além da eleição da nova diretoria para o triênio 2020-2023 e das ações sindicais propriamente ditas, como a proteção dos jornalistas em teletrabalho e nas redações, a assinatura de Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho.


Neste aniversário de 75 anos, os jornalistas mineiros unidos em torno do seu sindicato começam a ver luz no fim do longo e inesperado túnel de retrocessos. Embora os momentos tenebrosos não tenham terminado, a consciência democrática começa a dar frutos, como a indicar que o pior já passou, que o jornalismo vai sobreviver revigorado e que o sindicalismo começa uma nova fase. Juntos, em defesa do jornalismo e da democracia, é a ideia que floresce na categoria nesta primavera de 2020.


O SJPMG se reinventa como sindicato que depende apenas dos jornalistas e como expressão das transformações pelas quais passa o jornalismo. Na sua atuação, defende não só os jornalistas assalariados, em confrontos inevitáveis e negociações firmes com seus patrões, convenções e acordos coletivos, ações na enfraquecida justiça do trabalho, intervenções junto à frágil secretaria e ao vigilante ministério público do trabalho.


O SJPMG se move também em defesa dos jornalistas do serviço público, numa época em que o jornalismo é claramente um serviço público essencial, e dos jornalistas autônomos, freelancers, numa conjuntura em que o emprego reflui e novas formas de relações de trabalho surgem e se expandem.


Nesses 75 anos, o SJPMG enfrentou muitas batalhas, teve muitas vitórias e lutou incessantemente. Os feitos marcantes nessa caminhada de sete décadas e meia são numerosos, desde seu começo, no fim da ditadura do Estado Novo, passando pelas duas décadas de democracia, mais 21 de ditadura militar e os 31 anos de redemocratização, no mais longo período democrático da história do Brasil.


Agora, quando novamente as liberdades e os direitos democráticos estão sendo golpeados e os trabalhadores resistem, os jornalistas estão, como sempre, na linha de frente de defesa da democracia, da liberdade e do jornalismo. Porque, sabemos, mais do que nunca, que não há democracia sem jornalismo e não há informação de qualidade sem jornalistas profissionais.

(Na foto, o painel “A Imprensa – Guerra e Paz”, de Yara Tupynambá, patrimônio e marca do SJPMG, 

pintado em 1966 e restaurando em 2017.) Também da Yara Tupynambá  tem um painel bem significativo para o jornalismo de BH na sede da Associação Mineira de Imprensa onde se pode ver também um quase Museu da Imprensa mineira, inclusive com nomes de todos os jornalistas até a sua instalação, na rua da Bahia 1450, ao lado da Academia Mineira de Letras. Preside a AMI o jornalista Joaquim Wilson Miranda.)

Comentários

Além disso, foi um homem a frente do seu tempo. Em sua cidade Cacule interior da Bahia. Onde não havia luz, e o farmacêutico da cidade era mais médico do que farmacêutico . Ele Vô Gonçalo, desenvolveu o 1º jornal da cidade, onde ele mesmo relatava as notícias, ele mesmo desenhava e saia pela cidade vendendo seu jornalzinho.

Minha tia avô Graça, era filha do farmacêutico da pequena e pacata cidade, meu vô levou ela para a Bahia para estudar, depois que ele já havia concluído sua faculdade.

Ela muito dedicada, cursou faculdade de Diteito e passo no concurso de procuradora do estado e assim ficou até se aposentar. Minha tia graca inspirada em vô, levou suas 3 irmãs para estudar na Bahia também . Na época lá na Bahia já existia luz, porém em Cacule ainda não havia. Era somente lampião, ou lamparina .


Diante da situação toda, meu avô veio para Belo Horizonte- MG, onde conheceu Déa da Conceição de Melo santos, com ela se casou e teve 3 filhos Tia Simone a mais nova, tio Alvaro o mais velho, e minha mãe Suzana de Melo santos.

Onde muito jovem se deparou com a morte “acidental” de seu pai. Naquele tempo minha avó chegou a passar até fome, pois mulher trabalhar para fora era coisa inimaginável, ainda mais com 3 filhos . Um absurdo, para a época!

Mediante a situação onde tinha 3 filhos para alimentar, e sua vida mudar de uma hora para outra, se viu obrigada a costurar para fora, trabalhar no banco, em que ela conta para mim sua neta que faziam filas para ver ela trabalhando .

Enfim, meu avô foi homenageado em Brlo Horizonte com ruas com seu nome , auditório da faculdade de Itaúna carrega seu nome, Minho avó Déa foi pessoalmente em Itaú a receber a homenagem em seu nome .

Meu avô era muito sábio, além de muito a frente do seu tempo, possuía vontade de aprender, de saber mais e não se importava em ser o “cara por trás das câmeras”, nunca quis “holofotes” porém de uma honestidade que nunca mais se viu.

Nessa trajetória minha mãe Suzana de Melo Santos, seguiu os paços do pai Gonçalo e com seus 14 anos iniciou sua jornada como secretária no Jornal Estado de Minas, fez faculdade na Ufmg, e se tornou redatora de uma página especial que se chamava caderno de turismo, seu chefe Wilson frade sempre muito atento aos eventos, e com isso mamãe cobria garota turismo, um concurso importante na época , e assim foi até a morte do sr . Wilson Frade. Eu particularmente amava ele, e a equipe toda, o “Delegado motinha”, “chefe sorriso”, Andrea, o Andre e enfim tudo lá me fazia setir bem.

Segui a trajetória de tia graça e fui para o direito, hoje especialista em direito digital, LGPD e complicy me sinto honrada em saber que a história de meu avô não está “silenciada”!