Acróstico de Bill Morélix




Homenagem à Tia Eli Moreira Drumond

Mulher de valor e prestígio,
Com o brilho mais altaneiro.
Tudo aqui é vestígio,
Do seu exemplo pioneiro.

Mãe, educadora e mestra,
Sempre disposta e altiva.
Esta família em festa,
É um tributo à sua v ida.

Em todo o Vale do Aço,
Seus ensinamentos deixou.
Seu trabalho, passo a passo,
Um mundo novo plantou.

Oitenta anos de luta,
De trabalho e comunhão.
Até quem não ouve escuta,
A essência da sua lição.

Sempre pontual e solícita,
Aos amigos e parentes.

Sua bondade explicita,
Contagiou nossas mentes.

Os seus filhos representam,
Sua garra e seu talento.
Estes valores alimentam,
A emoção deste momento.

Somos gratos aos seus préstimos,
E devotamos seus atos.
Não precisa nem de acréscimo,
Pois não são lendas, são fatos.

Seja feliz, Tia Eli.
Com a alma descansada.
Todos que estão aqui,
Quer pra você a paz sonhada.

Receba esta homenagem,
Neste poema singelo.
Refletido em sua imagem,
Seu mundo será sempre belo.

Que Deus abençoe tia,
Sua vida e sua gente.
Saúde, luz e alegria,
Hoje, amanhã e sempre.

Arnóbio – 03/02/2001

Conheça Tia Eli


Eli Moreira Drumond (1821-2006)

Eli Moreira de Assis nasceu a 04/02/1921, na fazenda Paraíso, hoje sede do Projeto Oikós, da Fundação Acesita, em Timóteo, que na época pertencia ao município de São Domingos do Prata. Filha de José Moreira Bowen e Lúcia de Assis Castro e tiveram 12 filhos.
Para realizar o sonho de estudar teve que morar em casa de amigos da família. Assim, estudou em Marliéria, Jaguaraçu e em São Domingos do Prata, onde fez o Curso Normal, formando-se em 1939. Tempos difíceis! Muitas pessoas que queriam estudar viajavam, vários dias até as cidades onde se localizavam as escolas, locomoviam-se sobre o lombo de animais, em trens, barcos e a pé. Só iam a casa, ver a família, nos períodos de férias.
Quando cursava o terceiro ano da Escola Normal, seu pai, José Moreira Bowen, construiu uma sala de aula, fundou uma escola para que sua filha pudesse lecionar.
Ao terminar o Curso Normal em São Domingos do Prata, tomou posse como professora municipal de Antônio Dias em 1940, cargo que ocupou até 1947, por já ter sido contratada como professora pelo Estado. Em 1948 tomou posse como professora em Timóteo, município de Antônio Dias, como única normalista classificada no Concurso de Títulos.
Casou-se em 1943 com Sebastião de Castro Drumond, filho de José Augusto Drumond e Zulmira de Castro Drumond, passando a se chamar Eli Moreira Drumond. Tiveram 8 filhos.
Dedicou 31 anos de trabalho à educação. Foi diretora da Escola Estadual “Angelina Alves de Carvalho” – Timóteo. Seu trabalho é considerado importante para a história da educação regional.
Como professora e diretora de uma escola pública, empenhou-se, juntamente com os demais funcionários, para um ensino de qualidade. Acreditava que a educação contribuía para a formação de valores morais e éticos. Procurava ser uma pessoa justa e respeitava a todos que com ela conviviam.
Ao aposentar-se, dedicou-se à família, mas em sintonia com o mundo e suas transformações. Os valores que se fizeram presentes enquanto educadora permaneceram durante toda sua vida e em todas as situações. Foi um exemplo de mãe, mulher e professora, contribuindo com suas opiniões, seu apoio e, principalmente, com o seu exemplo.

“Sempre procurei não só alfabetizar, mas também, formar na personalidade das crianças e jovens o amor à Terra Natal, à família e ao seu país, respeitando superiores, autoridades, enfim, às leis.”

Comentários

Luiz Siqueira disse…
Sou amigo, nem muito antigo, do pequeno GRANDE Dom Joseli de La Mancha, um dos filhos trofeus da Dona Eli. E me sinto honrado de ter recebido esta biografia tão linda, sofrida e mais do que tudo exemplar. Para a Dona Eli, a quem eu não conheci materialmente mas que tenho certeza que ela esta espiritualmente em nossas vidas, eu tiro o meu chapeu. Ah....e um abraço especial no Joseli.
Luiz Sales disse…
Oi Arnóbio, fiquei muito feliz em ler seu poema, somos conhecidos dos tempos de grupo de jovens, e amigo da Zulmira, que só comprova o quanto a Dona Eli foi luz a brilhar neste mundo de Deus. Obrigado por compartilhar este momento de inspiração. Luiz Sales.
Olá Arnóbio, sou amiga de Zulmira, seu poema em uma linguagem simples e completa, descreve a essência de sua Tia Eli. Sensibilizei-me com ele e com o imenso carinho que você demonstrou por ela.Conhecendo a biografia de Dona Eli percebi toda a herança deixada por ela em sua querida filha Zulmira, professora por excelência, dom de Deus. Parabéns! Carinhosamente:Edenirce Maria
Simpatia disse…
Sr. Arnóbio fiquei emocionada pela homenagem feita a esta mulher e professora inovadora em seu tempo. Além de ser de Marliéria e professora por formação e opção, prima e vizinha de D. Eli Moreira, amiga da família reconheço o valor desta mãe, mulher e educadora. Compreendo que empreender a função de educadora em todos os tempos exige responsabilidades e compromisso. Ela colaborou com a transformação de Timóteo e cidades vizinhas porque sua meta, como professora, sempre foi audaciosa porque ao ser cumprida contribuiu com a melhora da qualidade de vida de homens e mulheres deste Vale do Aço. Ela é merecedora desta e de outras homenagens. Ademir de Castro