Vila Campesina e MST proporão outro paradigma para resolver os problemas do mundo


                                 

O representante da Via Camponesa e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio de Janeiro, Marcelo Durão, revelou hoje que na Cúpula dos Povos proporão outro paradigma para solucionar os atuais problemas do mundo.

  Os problemas ecológicos, ambientais, trabalhistas e das cidades não são resolvidos pelo mercado nem por suas falsas soluções, afirmou Durão à Agência Brasil sobre a posição de sua entidade e outras organizações na Cúpula dos Povos, que será realizada do dia 15 a 23 de junho próximo, no Rio de Janeiro.

Esse encontro se desenvolverá paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que será realizada entre os dias 13 e 22 de junho, com reunião de chefes de estado e/ou governo entre os dias 20 e 22 desse mesmo mês, na chamada Cidade Maravilhosa.

Depois de indicar que a reunião dos representantes da sociedade civil permitirá um debate sobre os problemas estruturais do sistema econômico que impera hoje no mundo e que afetam tanto as cidades como o campo, Durão ressaltou que nela se apresentarão experiências concretas de diferentes populações.

Para o representante dos camponeses e trabalhadores rurais sem terra do Rio de Janeiro essas experiências de preservação do meio ambiente e socialização da riqueza constituem uma lógica totalmente diferente à proposta no encontro Rio+20, a qual - indicou - pretende resolver os problemas com o mercado.

A contribuição nossa e de outras entidades não estatais à Cúpula dos Povos será a de mostrar exemplos de "outro paradigma, outra sociedade e outra visão para solucionar os problemas ambientais, de acumulação e concentração da riqueza".

Durão, também membro do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Cúpula dos Povos, apontou que os temas já definidos para discutir nesse encontro são: direitos humanos e territoriais (cidade e campo), bens comuns, agricultura e soberania alimentar, soberania energética e indústria, valores e paradigmas.

Destacou que o objetivo desse encontro é conseguir elaborar uma agenda global unificada, tanto de luta e de mobilização como de denúncia das falsas soluções que só pretendem centralizar e acumular riqueza e não resolver os problemas que afetam o mundo hoje.(Com a Prensa Latina)

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