Andrei Stenin , fotojornalista russo, está morto. Condenada a decapitação de jornalista norte-americano


                                                                  

Perícia confirmou ser de fotógrafo o corpo encontrado em carro crivado de balas e queimado

A Procuradoria Geral da Rússia, com base na perícia do Comitê de Investigação da Rússia, confirmou nesta quarta-feira, 3, que os restos mortais encontrados há uma semana na Ucrânia são mesmo do repórter fotográfico Andrei Stenin (foto), da Agência Internacional de Informações Rossiya Segodnya. Ele morreu depois que o carro em que estava foi crivado de balas e queimado em uma estrada em Donetsk.

O diretor-geral da agência, Dmitri Kiselev, lamentou o fato e criticou a postura da Ucrânia. "Nosso colega fotojornalista Andrei Stenin morreu. Tornou-se conhecido que ele não era um prisioneiro. Verificou-se que não havia bases para trocá-lo por nenhum militar ucraniano nem condená-lo por atividades terroristas. Todas as afirmações sobre o destino de Stenin que temos ouvido da parte ucraniana eram mentiras. Ele morreu há um mês, no carro em que estava indo para realizar um trabalho editorial. O carro foi baleado e queimado numa estrada perto de Donetsk."

Andrei Stenin desapareceu no dia 5 de agosto quando cobria os conflitos em Donetsk

O repórter fotográfico da Agência Internacional de Informações Rossiya Segodnya desapareceu no Leste da Ucrânia no dia 5 de agosto, quando cobria os conflitos entre os grupos separatistas de Donetsk e os militares leais ao governo da Ucrânia. Os confrontos de então aconteciam nas imediações do aeroporto regional.
Baltkom
Uma semana depois, o Conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Geraschenko, disse à emissora , da Letônia, que Stenin havia sido detido pelos serviços secretos do país sob suspeita de "cumplicidade com terroristas". Mais tarde, ele afirmou que suas palavras haviam sido mal interpretadas e disse que havia apenas suposto que o fotojornalista russo estivesse preso, mas que não dispunha de nenhuma informação oficial. A emissora Baltkom, entretanto, afirmou que a entrevista está gravada e pode ser apresentada aos veículos interessados.

O caso gerou uma ampla repercussão internacional, mobilizando jornalistas, blogueiros e entidades como embaixadas da Rússia e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Campanhas pela busca de Stenin foram promovidas nas redes sociais, que passaram a divulgar ativamente os hashtags #freeandrew e #osvoboditeAndreya.

Além disso, uma série de atos de solidariedade pela busca do jornalista e a investigação do seu desaparecimento foram realizados na Espanha, Sérvia, Rússia e diversas cidades da Argentina e do México. Algumas manifestações chegaram a promover exposições e distribuir fotografias feitas por Andrei Stenin durante suas missões em várias regiões de conflito, como a Líbia, a Síria e a Turquia. (Com o Diário da Rússia)
                                      
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenaram, na última terça-feira (2/9), a decapitação do jornalista americano Steven Sotloff por integrantes do Estado Islâmico (EI). 

Crédito:Reprodução

Steven Sotloff é o segundo jornalista americano decapitado pelo Estado Islâmico

Ban Ki-moon expressou sua "indignação" com o assassinato e outros ataques promovidos no Iraque. "Condeno com firmeza todos os crimes desta natureza e me nego a aceitar que comunidades inteiras possam estar ameaçadas por atos tão atrozes", acrescentou o secretário-geral da organização.

Cameron qualificou a ação como "absolutamente repugnante". "Trata-se de um assassinato ignóbil e bárbaro", escreveu em comunicado divulgado na noite da última terça. O premiê também dedicou seus "pensamentos e orações" à família do jornalista e convocou uma reunião do gabinete de emergência para debater os últimos acontecimentos. 

Na última terça, membros do EI divulgaram um novo vídeo no qual é mostrada a decapitação de Sotloff. Ele aparece de joelhos ao lado de um militante encapuzado e com uma faca na mão. O homem ameaça matar um terceiro sequestrado e alerta que governos estrangeiros devem deixar a aliança que formaram contra a organização islâmica.

Sotloff era um jornalista freelancer de diversas publicações, como a revista Time e os sites Foreign Policy, Christian Science Monitor e World Affairs Journal.  

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