Movimentos sociais realizam audiências para cobrar reforma agrária


                                                       
Em continuidade a Jornada de Lutas dos Movimentos sociais de luta pela Reforma Agrária, em Minas Gerais, nesta terça-feira (22/01), a partir das 09 horas, trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra realizam audiência com o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do estado, Carlos Calasans.

O objetivo da audiência é exigir agilidade no processo de Reforma Agrária no estado. Em relação aos acampamentos os movimentos cobram a suspensão imediata dos despejos, vistorias de áreas para fins de Reforma Agrária, conclusão de desapropriações de fazendas ocupadas. Na questão dos assentamentos os trabalhadores reivindicam regularização ocupacional, liberação de créditos e distribuição de água.

Por volta das 16h, uma comissão dos movimentos sociais também irá se reunir com o secretário de Segurança do Estado para discutir a suspensão dos despejos de Sem Terra no estado. Os movimentos exigem que os despejos em todos os acampamentos do estado sejam suspensos imediatamente.

Os trabalhadores também aguardam uma audiência com o governador do estado, para discutir a pauta de reivindicações dentro do prazo de 10 dias.

Cerca de 350 trabalhadores e trabalhadoras de vários movimentos sociais de luta pela terra de Minas Gerais ocupam a Superintendência Regional do Incra, desde a manhã dessa segunda-feira (21/01), por tempo indeterminado.

A ocupação faz parte da Jornada de Lutas dos Movimentos sociais no estado, que exige a desapropriação de latifúndios e a agilização da Reforma Agrária, a suspenção dos 21 mandados de despejos no estado, o fim da violência contra os trabalhadores rurais e a condenação de Adriano Chafik, responsável pelo massacre de Felisburgo.

Segundo o coordenador nacional do MST, Enio Bohnenberger, o principal foco da mobilização é a denuncia contra a Vara Agrária de Minas Gerais e a Justiça Federal, que além de não expedir as emissões de posses de latifúndios, determinadas pelo Incra, vem decretando vários despejos de trabalhadores Sem Terra no estado.

“A Vara Agrária e a Justiça Federal de Minas Gerais tem feito um julgamento parcial e político-ideológico das ações dos movimentos sociais, com mandados judiciais a favor dos fazendeiros. Postura que tem contribuído para a paralização da Reforma Agrária no estado”, denuncia Enio.

Segundo os trabalhadores, hoje o Poder Judiciário e o sucateamento do Incra, pelo governo federal, representam o maior entrave da Reforma Agrária do Brasil. E consequentemente o avanço da violência no campo.

Participam da ocupação vários movimentos sociais do estado, como MST, Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Popular pela Reforma Agrária (MPST), Movimento de Luta pela Terra e Moradia (MLTM), Movimento Popular pela Reforma Agrária (MPRA), Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Cut), PSOL do Triangulo Mineiro, Consulta Popular, Levante Popular e Movimento de Luta Família São José dos Cravos.

Despejos

O Judiciário mineiro emitiu ações de despejo para 21 acampamentos de trabalhadores Sem Terra em Minas. “A caneta que assina as ações é do Judiciário, aliado ao latifúndio, que depois de oito anos não julgou os responsáveis pelo Massacre de Felisburgo. (Com o MST)

Comentários

Anônimo disse…
sobre felisburgu e um absurdo o adriano chafik ainda nao ter respondido pelos seus atos perante a juticare o poder judiciario esta muito lentoa e sobre as multi nacional esta grilando terra e outro absurdo as terras sao do povo brasileiro a cutrale ganhou ate reitegracao de posse sendo essa suspenca por 2 a 1 hoje os acampados estao na beira da rodovia 153 despejados como lixo eo calazan diz que nao ta nen ai que tipo de representate temos no incra em respeito a reforma agraria somos da fetraf aq dilma tem tomar providencia logo pois vamos mostra na copa o verdadeiro brasil rico na miseria e na pobresa