E continua o bloqueio econômico dos EUA ao arquipélago cubano

                                      

 A revisão pelos Estados Unidos de uma lista de sanções a entidades e indivíduos vinculados com Cuba foi rejeitada  como um fato rotineiro e sem nenhuma relação com as recentes modificações na política de Washington com esta ilha.

Um comentário publicado hoje no diário Granma assinala que a anunciada decisão do Departamento do Tesouro, que elimina da lista de "Nacionais Especialmente Designados" 60 companhias e pessoas, foi recebida "com exagerado alarde" em meios internacionais de imprensa.

O bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba mantém-se intacto, segue afetando mais de onze milhões de cubanos e milhares de empresas e instituições de nosso país, destaca a nota publicada no órgão oficial do Partido Comunista de Cuba.

Segundo o anúncio divulgado ontem em Washington, o Departamento do Tesouro decidiu excluir dessa lista 45 entidades cubanas ou vinculadas com Cuba, entre elas 28 empresas, 11 embarcações e 6 pessoas, em sua maioria relacionadas com a indústria do turismo.

Mas o comentário publicado no Granma destaca que o bloqueio estadunidense a Cuba continua castigando, como resultado de sua aplicação extraterritorial, a entidades de terceiros países.

A publicação cita como o mais recente exemplo da vigência dessa política a multa anunciada em 12 de março ao banco alemão Commerzbank, pela gigantesca cifra de 1.710 milhões de dólares, a segunda maior imposta pelos Estados Unidos, por violar as sanções contra Cuba, Irã, Sudão e Myanmar.

A lista de "Nacionais Especialmente Designados" é uma "lista negra" que inclui indivíduos, companhias e instituições, que operam em nome de países que estão submetidos a sanções econômicas por parte dos Estados Unidos, como o bloqueio contra Cuba.

O comentário publicado no Granma explica que a revisão pelo Departamento do Tesouro dessa lista é um processo rotineiro, o qual se realiza usualmente para excluir dela entidades que fecharam ou indivíduos que faleceram.

Os meios de imprensa que registraram esta notícia não se deram ao trabalho de verificar se estas entidades existem ou não, e se as pessoas mencionadas estão vivas ou não, destaca.

Aponta que "aqueles que pensaram que estamos na presença de uma decisão de grande alcance em relação à política dos Estados Unidos para Cuba e, em particular, ante uma modificação substancial do bloqueio, devem ler atenciosamente a declaração de uma funcionária não identificada do Departamento do Tesouro...".

Essa pessoa assegurou à agência de imprensa estadunidense AP "que a remoção se deve a uma revisão interna das designações antigas relacionadas com Cuba e não está vinculada com as modificações recentes anunciadas pelo presidente Obama".

De acordo com o comentário, "o que não disse esta funcionária nem os meios de imprensa é que o bloqueio contra Cuba se mantém intacto, segue afetando mais de onze milhões de cubanos e milhares de empresas e instituições de nosso país, e continua castigando, como resultado de sua aplicação extraterritorial entidades de países terceiros". (Com o Diário Liberdade)

Comentários