MTST faz ato exigindo mais direitos para as mulheres

                                                                     

Movimento pede mais políticas públicas para o enfrentamento da violência


Rafael Tatemoto

De São Paulo


O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realizou uma manifestação  nesta quinta-feira (5) em defesa dos direitos das mulheres, lembrando o Dia Internacional de Luta das Mulheres, que ocorre no proximo dia 8 de março. O ato ocorreu na região central da cidade de São Paulo e também contou com a presença de outras organizações.

Segundo Natalia Szermeta, coordenadora do movimento, o objetivo da manifestação era denunciar “as injustiças que ainda hoje existem contra as mulheres, além de denunciar a ausência de políticas públicas capazes de resolver os problemas que vem se agravando”.

De acordo com ela, as disparidades de gênero resultam em violência e diferenças no mundo do trabalho. “As mulheres ainda ganham menos que os homens, desempenhando a mesma função e cumprindo a mesma carga horária. Os direitos das mulheres, como a licença maternidade, não são respeitados.”

A concentração para a marcha começou às 15h, na Praça da República, e se dirigiu à Secretaria de Justiça do estado de São Paulo, localizada no Pateo do Colégio e onde funciona a Coordenação de Políticas para a Mulher do governo paulista. Segundo a organização do ato, cerca de 3.000 pessoas estiveram presentes.

A manifestação ocorreu de forma pacífica. Chegando ao seu destino, representantes do governo aceitaram receber uma comissão para escutar as demandas do movimento. O grupo escolhido pelo MTST era composto de oito mulheres.

Uma série de reivindicações concretas foi levada ao governo estadual. Szermeta afirma que há uma série de demandas. “Queremos uma política de acompanhamento em despejos, especialmente para as mulheres em situação de risco e vulnerabilidade. Formação da Polícia Militar, especialmente para os homens que atuam nas ruas, que seja orientadora de como se portar diante da violência contra a mulher e fiscalização das delegacias da mulher, já que cada vez mais aparecem denúncias de mal atendimento”, afirma ela. 

“Essa tem muita relevância para nós. Mais de 70% da base social do MTST é composta de mulheres, que estão nos acampamentos nos momentos de despejo”, conclui.

O ato faz parte de uma série de atividades promovidas pelo movimento sobre a questão da mulher. Entre sábado (7) e domingo (8) será realizada uma “virada cultural” aboradando essa temática no acampamento Nova Palestina, no M'boi Mirim, zona sul de São Paulo. (Com o Brasil de Fato)

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