Réus por morte de Santiago Andrade vão a júri popular


                                                  
A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acolheu pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ) e autorizou submeter os réus Fabio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza a júri popular no caso da morte do cinegrafista, Santiago Andrade em fevereiro de 2014. Eles acenderam e atiraram o rojão que acabou atingindo o profissional. Os advogados de defesa ingressaram com recurso extraordinário, ainda pendente de admissibilidade.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ) e autorizou submeter os réus Fabio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza a júri popular no caso da morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro de 2014. Eles acenderam e atiraram o rojão que acabou atingindo o profissional durante uma manifestação na Central do Brasil. Os advogados de defesa ingressaram com recurso extraordinário, ainda pendente de admissibilidade.

Em setembro de 2016, o MP fluminense havia obtido um acórdão no STJ para que os dois acusados fossem a júri popular, revertendo decisão contrária do Tribunal de Justiça do Rio, que acreditava que os réus não tiveram intenção de matar o cinegrafista.

A data para a realização do júri popular ainda não foi definida. Barbosa e Souza são acusados de homicídio doloso (com a intenção de matar) triplamente qualificado (uso de artefato explosivo, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Se forem condenados, cada um pode pegar até 30 anos de prisão.

O caso

O repórter cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, foi morto aos 49 anos ao ser atingido na cabeça no dia 6 de fevereiro último por um artefato explosivo lançado por manifestantes (Caio de Souza e Fábio Raposo) durante um protesto contra o aumento das passagens de ônibus, que acontecia próximo ao terminal da Central do Brasil, no Centro do Rio.

Logo após ser ferido, Santiago foi socorrido por profissionais de imprensa, tendo sido submetido a uma neurocirurgia para estancar o sangramento e estabilizar a pressão intracraniana.  

De acordo com o boletim médico, além de afundamento craniano, o cinegrafista perdeu parte da orelha esquerda durante a explosão. Quatro dias depois, em 10 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro anunciou a morte cerebral do câmera, que teve seus órgãos doados.

 (Com a ABI)

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