Nasce a CELAC - Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos
O nascimento da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac, anunciado para os próximos 02 e 03 de dezembro, será um espaço comum de acordo, baseado na complementariedade e integração regional.
O embaixador de Cuba na Venezuela, Rogelio Polanco, afirmou que a reunião fundacional, nos 2 e 3 de dezembro, que contará com a participação de 33 nações da área, mostra a vontade desses povos que se unem em um espaço comum onde poderão debater o genuíno de cada país.
"Até agora tinha-se progredido em outros esquemas, como no tema econômico, mas agora estamos avançando a espaços políticos porque a América Latina tem ainda muitas coisas a enfrentar", agregou.
Nesse sentido recordou que a América Latina está vivendo tempos novos e um claro exemplo disso é o aprofundamento das relações entre Venezuela e Colômbia, depois de uma reunião efetuada ontem entre esses territórios, na qual assinaram vários acordos para contribuir à integração, desenvolvimento econômico e social de ambos estados.
"A América Latina tem que enfrentar desafios novos. Nesta oportunidade realizar esta cúpula sob a liderança do presidente Hugo Chávez, com a revolução bolivariana é significativo para todos", afirmou Polanco.
Na sua opinião, a Venezuela tem sido um dos países que mais tem feito pela integração das regiões historicamente excluídas.
Insistiu na importância da unidade regional para encarar esses desafios globais, com projetos de caráter social e econômico, frente à crise alimentar, econômica e ambiental que envolve na atualidade os países desenvolvidos e da qual os subdesenvolvidos não ficam isentos.
O embaixador cubano reconheceu que haverá tentativas de debilitar esse processo de unidade e virão muitos desafios, "mas o importante é que tenhamos esse enfoque, o que não pode se impor é a linguagem das guerras e a confrontação porque somos uma zona de paz, livre de armas nucleares", disse.
Manifestou que enquanto em outros países pretendem acabar com o multilateralismo e impor uma agenda hegemônica contra outras nações, a América Latina precisa se unir para enfrentar esses desafios.
Indicou que o fato do nascimento da Celac ser nesta capital, tem uma grande importância por ser aqui onde surgiu a ideia da independência dos povos da América através do libertador Simón Bolivar.
"Fazê-lo em pleno espaço de Revolução Bolivariana e sob a liderança do presidente Hugo Chávez, tem grande simbolismo", concluiu.(Com a Associação Cultural José Martí de Minas Gerais)
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