Perdeu oportunidade de ficar calada
Oposicionistas e até aliados ao governo condenaram ontem a declaração da pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, que, na tentativa de atingir seu opositor José Serra (PSDB), criticou militantes de esquerda que optaram pelo exílio durante a ditadura militar.
"Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta", disse ela, em referência à ditadura, quando foi para a clandestinidade. Serra, também opositor ao regime militar, se exilou no Chile.
"Dilma cometeu uma insensatez igual à de Lula, quando ele comparou preso político a bandido ao falar sobre Cuba", disse Roberto Freire, presidente do PPS. "Miguel Arraes, Luis Carlos Prestes, Apolonio de Carvalho, João Goulart, José Dirceu... Então todos eles foram fugitivos?", questionou Freire, que apoia a candidatura de Serra e disse estar organizando um "ato de desagravo aos exilados".
O pré-candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, um dos fundadores do PT, reagiu com indignação à fala: "É uma frase aloprada de quem nunca disputou eleição".
Sampaio, que também foi exilado no Chile, acrescentou: "Eu me sinto contente a respeito do meu passado. Não tenho nenhum tipo de ressentimento e tenho orgulho de ter sido exilado, de ter sido cassado".
A deputada Jô Morais (PC do B-MG), que apoia Dilma, afirmou que "foi um equívoco" pois a saída de alguns brasileiros do país foi importante para a própria sobrevivência da ministra, presa durante o regime.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o comentário de Dilma foi feito há poucos dias pelo general Leônidas Pires Gonçalves, que foi chefe do DOI-Codi e ministro do Exército do governo Sarney (1985-1990).
"É incrível o desrespeito dela. Parafraseando o Romário, ela calada é uma poeta." Em recente entrevista, o general classificou de "fugitivos" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e demais exilados, pois "ninguém estava sendo preso impunemente" .
"Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta", disse ela, em referência à ditadura, quando foi para a clandestinidade. Serra, também opositor ao regime militar, se exilou no Chile.
"Dilma cometeu uma insensatez igual à de Lula, quando ele comparou preso político a bandido ao falar sobre Cuba", disse Roberto Freire, presidente do PPS. "Miguel Arraes, Luis Carlos Prestes, Apolonio de Carvalho, João Goulart, José Dirceu... Então todos eles foram fugitivos?", questionou Freire, que apoia a candidatura de Serra e disse estar organizando um "ato de desagravo aos exilados".
O pré-candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, um dos fundadores do PT, reagiu com indignação à fala: "É uma frase aloprada de quem nunca disputou eleição".
Sampaio, que também foi exilado no Chile, acrescentou: "Eu me sinto contente a respeito do meu passado. Não tenho nenhum tipo de ressentimento e tenho orgulho de ter sido exilado, de ter sido cassado".
A deputada Jô Morais (PC do B-MG), que apoia Dilma, afirmou que "foi um equívoco" pois a saída de alguns brasileiros do país foi importante para a própria sobrevivência da ministra, presa durante o regime.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o comentário de Dilma foi feito há poucos dias pelo general Leônidas Pires Gonçalves, que foi chefe do DOI-Codi e ministro do Exército do governo Sarney (1985-1990).
"É incrível o desrespeito dela. Parafraseando o Romário, ela calada é uma poeta." Em recente entrevista, o general classificou de "fugitivos" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e demais exilados, pois "ninguém estava sendo preso impunemente" .
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