Futebol é com Flávio Anselmo
Irão dizer os céticos eternos: os argentinos não tiveram Lionel Messi nem os craques que atuam no estrangeiro. Porém, tiveram Montillo e Guiñazu que vivem no nosso dia-a-dia, cheios de elogios. Nós, também, não tivemos os craques lá de fora; só os que estão por aqui. E, pelo visto, a Seleção bem que poderia continuar assim. Neymar, Lucas e Ronaldinho Gaúcho ditaram as normas da verdadeira cartilha brasileira. O melhor em campo foi Cortês a grata surpresa. Diego Souza entrou bem melhor que Borges, apenas razoável até sentir cãibras. Gostei de Danilo na lateral direita, apesar de seu início meio indeciso. De Rever, superior a Dedé.
Até Mano Menezes brilhou: botou dois volantes Ralf e Rômulo na frente da zaga. Segurou mais Danilo e soltou Cortês. Lucas foi um falso armador, função que coube, na realidade, ao estilista RG-10 que botou sua melhor performance na passarela.
Os dois gols brasileiros foram obras primas de contra-ataques. No primeiro, a Argentina teve uma falta na entrada da área brasileira. Montillo chutou na barreira e Danilo iniciou o contra-ataque. Bola no Lucas, este tocou em Borges e saiu em disparada da nossa intermediária. Pela esquerda corria Neymar. Lucas não deu o passe. Correu 50 metros e na cara do goleiro Orion tirou dele- Brasil, l a 0 já no segundo tempo, melhor momento brasileiro.
Nos 2 a 0, Cortês tomou a bola do ataque argentino, na nossa intermediária e desandou. Quase na entrada da área deles fez o passe perfeito, enfiado, pra Diego Souza, que entrara no lugar de Lucas. O ex-atleticano foi ao fundo e rolou na medida pra Neymar, com leve toque, bater Orion. Brasil, 2 a 0.
Vencedor do Superclássico das Américas. Um belo troféu! O Mangueirão, de gramado ruim, foi um espetáculo à parte. Os conterrâneos de Fafá de Belém arrepiaram o Brasil na hora do Hino Nacional e tiveram a recompensa na medida exata. A Seleção da Mano Menezes, pela primeira vez, esteve ousada, alegre e comprometida com a vitória.
Por causa da experiência do primeiro jogo, eu nem pretendia ver este jogo. Ledo engano! Vi algumas coisas que o futebol brasileiro parece que esqueceu lá atrás, bem no passado. Será que voltou pra ficar?
Flávio Anselmo
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(Imagem: Ernesto Rodrigues/AE/MSN/Divulgação)
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