“A origem das espécies”, do naturalista inglês Charles Darwin, foi eleito o livro acadêmico mais influente de todos os tempos


                                              

Obra foi eleita por editores e leitores do Reino Unido; no top 20 estão 'O segundo sexo', de Simone de Beauvoir, e 'Manifesto Comunista', de Marx e Engels

O livro “A origem das espécies”, do naturalista inglês Charles Darwin, foi eleito o livro acadêmico mais influente de todos os tempos. O resultado foi divulgado terça-feira (10/11) pela organização da Academic Book Week, evento que acontece nesta semana em vários lugares do Reino Unido. “A origem das espécies” (“On the origin of species”, no original) já foi descrito por estudiosos como “um livro que mudou a forma como pensamos sobre tudo”.

A votação foi aberta ao público após profissionais de renome na área estipularem uma lista de 20 finalistas, incluindo “O segundo sexo”, de Simone de Beauvoir, e “A riqueza das nações”, de Adam Smith. Uma lista prévia com 200 títulos havia sido levantada por editores britânicos e depois foi reduzida por livreiros, bibliotecários e editores até chegar a 20. 

Entre estes, quatro escritos por mulheres: além de "O segundo sexo", de Beauvoir, há “Primavera silenciosa”, de Rachel Carson, obra fundadora do movimento ambientalista; “Reivindicação dos direitos da mulher”, de Mary Wollstonecraft, um dos marcos do pensamento feminista; e “The female eunuch” (A mulher eunuco, em tradução livre), de Germaine Greer, também um texto importante para o movimento feminista.

EVOLUÇÃO

“A origem das espécies” introduziu à comunidade científica a ideia da evolução, segundo a qual a diversidade biológica é o resultado de um processo de modificações dos descendentes através de gerações. Os seres que desenvolvessem capacidades mais eficientes para as suas necessidades resistiriam à seleção natural. O livro foi resultado de anos de estudo de Darwin, o que incluiu uma expedição a bordo do barco Beagle pelo mundo, passando por cidades brasileiras como Salvador e Rio de Janeiro.

O título original era “A origem das espécies por meio da seleção natural ou A preservação das raças favorecidas na luta pela vida”. O livro de Darwin, publicado em 1859, foi o vencedor da votação por uma ampla vantagem: teve 26% dos votos.

Em segundo lugar ficou “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, seguido pelas obras completas de William Shakespeare. “A República”, de Platão, foi o quarto colocado e “Crítica da razão pura”, de Immanuel Kant, fechou a lista dos cinco primeiros.

Confira os 20 finalistas, em ordem alfabética:

“1984”, de George Orwell
“A formação da classe operária inglesa”, de Edward Palmer Thompson
“A origem das espécies”, de Charles Darwin
“A República”, de Platão
“A riqueza das nações”, de Adam Smith
As obras completas de William Shakespeare
“As utilizações da cultura”, de Richard Hoggart
“Crítica da razão pura”, de Immanuel Kant
“Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels
“Modos de ver”, de John Berger
“O macaco nu”, de Desmond Morris
“O príncipe”, de Nicolau Maquiavel
“Orientalismo”, de Edward Said
“Os direitos do homem”, de Thomas Paine
“O segundo sexo”, de Simone de Beauvoir
“O significado da relatividade”, de Albert Einstein
“Primavera silenciosa”, de Rachel Carson
“Reivindicação dos direitos da mulher”, de Mary Wollstonecraft
“The female eunuch” (A mulher eunuco, em tradução livre), de Germaine Greer
“Uma breve história do tempo: do Big Bang aos buracos negros”, de Stephen Hawking (Com o Diário Liberdade)

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