Repúdio a bases dos EUA no Brasil





José Carlos Alexandre

A diplomacia brasileira que , no atual governo, tem dado mostras de atuação até certo ponto acertada, independente e progressista, dará um tiro em sua própria atuação ao se concretizar o que vem sendo urdido nos bastidores: a instalação de uma base norte-americana no Rio de Janeiro.
Sob a capa de instalação de "uma base conjunta", tudo leva a crer que o governo federal está é para se curvar a um antigo desejo de Tio Sam em cercar o quanto antes países progressistas tais como Venezuela, Bolívia, em certo sentido, o Equador, e a inesquecível Cuba, de bases com armamentos sofisticados e tropas apta a intervir para barrar a expansão do socialismo no continente.
Além do mais, a se vingar a criação da pretendida base, estariam contemplados os velhos falcões norte-americanos prontos a ver fantasmas do terrorismo internacional de olho na Tríplice Fronteira.
E mais uma vez lançar mão da vocação norte-americana de se tornar gendarme do mundo ocidental e cristão, palavreado ainda da época da guerra fria, ressuscitado após os ataques de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas e ao Pentágono.
As forças oposicionistas brasileiras, a sociedade civil organizada, os organismos de defesa dos direitos humanos e outras entidades e partidos políticos precisam o quanto antes vir a público repudiar com veemência tais pretensões. Antes mesmo da visita do presidente Barack Obama ao país.
Em vez da instalação de novas bases, urge, pelo contrário, declarar esta parte do mundo zona livre de quaisquer bases militares. Até mesmo a de Gantánamo, que Obama prometeu fechar quando de sua campanha eleitoral.

Comentários

Anônimo disse…
Não posso acreditar que o imperialismo esteja ainda tão fortalecido e que chegaremos a este ponto. Não faremos nada? Não utilizaremos nossas mídias virtuais, as unicas onde se tem ainda um pouco de liberdade(vigiada, mas como aprendemos a passar a perna neles...)pra gritar? Faço-te uma proposta: comecemos a quatro mãos e não te dou muito tempo esta empreitada estará no domínio das novas tecnologias digitais, ou seja, o povo estará sabendo, de alguma forma.