O que querem os jovens


A Conferência internacional da Juventude foi inaugurada no México, na cidade de León. Dela tomam parte representantes de uma centena de países, inclusive a Rússia, anuncia a agência ITAR-TASS. Os participantes intentam elaborar uma Declaração que conterá propostas para os seus governos sobre a política dos jovens. Este documento será difundido em Setembro na reunião da Assembléia Geral da ONU. Agora, o mundo tem mais de um milhar de jovens de menos de 24 anos, dos quais 87% em países em via do desenvolvimento.
Cerca de 25 mil jovens de 112 países e reunidos em 169 organizações participam do evento junto com 35 ministros e outros altos funcionários de 100 países para tentar transformar as sugestões da juventude em políticas públicas.
Em seu discurso inaugural, o secretário (ministro) de Educação mexicano, Alonso Lujambio, destacou a "histórica" dimensão desta conferência.
"Hoje, a voz juvenil do mundo está presente, com sua pluralidade, seu entusiasmo e seu talento, com seu espírito inovador para se fazer escutar, mas também para ser parte das respostas a suas reivindicações e a suas expectativas para construir um mundo com mais oportunidades, mais justo, mais respeitoso com o meio ambiente, mais democrático e mais inclusivo", acrescentou.
Também na abertura da conferência, a diretora-executiva adjunta do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês), a indiana Purnima Emane, disse que este é o momento de "investir nos jovens" e de "promover o diálogo e a compreensão entre cultura e juventude".
A conferência no México está dividida em duas partes: um Fórum Social, no qual jovens e ONGs desde segunda-feira debatem suas propostas, e o Fórum de Governos, que trabalhará a partir de hoje até sexta-feira em como transformar algumas dessas ideias em recomendações políticas.
A reunião pretende "identificar as prioridades de ação sobre juventude" e pôr diante dos Governos propostas para que sejam incluídas na agenda internacional do desenvolvimento.
Das três bilhões de pessoas que vivem no planeta com menos de US$ 2 por dia, "a metade tem menos de 24 anos", lembrou o UNFPA.
"Os jovens entre 15 e 24 anos de idade representam quase um quarto da população mundial, mas são quase metade dos desempregados", alertou o organismo da ONU.
Os jovens também enfrentam problemas graves de saúde, como o HIV, vírus do qual "apenas 40% cento dos homens jovens e 38% das mulheres jovens têm conhecimento compreensivo".
O UNFPA apresentará provas de que a educação sexual "pode desempenhar um papel importante" para reduzir riscos.
"Uma mulher morre a cada minuto de complicações relacionadas com o parto e a gravidez" e as mulheres "entre 15 e 19 anos têm uma taxa de mortalidade duas vezes mais alta do que as mulheres de 20 a 30 anos", diz o fundo da ONU.
Entre os assuntos que serão abordados nesta semana na CMJ se destacam os relacionados à pobreza, prevenção de dependências, mudança climática, energias renováveis, igualdade de gênero e educação.
A última CMJ foi realizada em agosto de 1998 em Lisboa e terminou com um chamado para "evitar a participação ou implicação dos jovens em todos os atos de violência, em particular atos de terrorismo em todas suas formas e manifestações, xenofobia e racismo".
(Com a Voz da Rússia/Agência esppanhola EFE/Google/Divulgação)

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