Alter-fórum, um contraponto ao G-20
Intitulado Primeiro as Pessoas, Não as Finanças, será realizado, entre os dias 1º e 4 de novembro, o Alter-Fórum, em Nice, França. A intenção do evento, organizado pela Coalizão Francesa G8G20, é se contrapor ao encontro do G20 (grupo das 20 maiores economias), que ocorrerá em Cannes, também na França, nos dias 3 e 4 de novembro.
"O principal objetivo é que eles (membros do G20) percebam que nós também estamos ali (ou que não estamos longe – porque todo o Alter-Fórum terá lugar em Nice, a cerca de 50 km de Cannes, que será uma cidade fantasma nesses dias, em razão de medidas oficiais de segurança) e que nós os estamos ouvindo, que acompanharemos a implementação daquilo que decidirem e que não hesitaremos em denunciar o que deixarem de fazer”, declara Gildas Jossec, integrante da Associação Internacional de Técnicos, Especialistas e Pesquisadores (Aitec, na sigla em francês), uma das 40 organizações que conformam a Coalizão Francesa.
A ativista destaca que o mais importante no Alter-Fórum é dialogar com as pessoas e fazer com que avaliem as decisões tomadas pelos países mais ricos. "O G20 está promovendo políticas que exercem um efeito direto sobre a vida de pessoas reais. Desta vez, a questão não são filmes em Cannes, mas sim vida real! E as decisões exercerão efeitos sobre as pessoas dos países membros do G20, como também sobre todas as outras pessoas. Por esta razão o nosso tema será ‘Primeiro as pessoas, não as finanças'”, ressalta.
Logo no dia 1º de novembro, haverá uma caminhada rumo a um estádio da cidade, onde haverá um show, seguido de uma reunião pública, onde quem tiver interesse em se colocar poderá fazê-lo. Já nos dias 2 e 3, a programação segue com conferências, debates, mesas redondas e entrevistas coletivas. No último dia (4), que coincide com o final da cúpula do G20, a Coalizão Francesa programou uma entrevista coletiva, que talvez ocorra em Cannes.
Seis temas, simbolizados por palavras de ordem, norteiam as atividades do Alter-Fórum – Parem a austeridade, um fim à desigualdade (austeridade, emprego, direitos sociais, bem-estar, dívida); As pessoas, não o mercado (regulamentação financeira e dívida); Mudem o sistema, não o planeta (meio ambiente, desenvolvimento); Não joguem com a nossa comida (agricultura, alimentos); Indignados, Rebeldes, Solidariedade (democracia, lutas na região do Mediterrâneo, direitos humanos); e Eles são 20, nós somos bilhões (governança global).(Com a Adital)
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