Polônia apura crimes no campo de concentração de Auschwitz durante a II Guerra
As autoridades da Polônia retomaram as investigações sobre os crimes cometidos por nazis no campo de concentração de Auschwitz durante a II Guerra Mundial. O objetivo dos polacos é localizar antigos responsáveis dos campos de extermínio e levá-los a julgamento por crimes contra a nação.Polónia reabre investigação sobre crimes de Auschwitz
O Instituto Nacional da Memória, um organismo estatal polonês que investiga crimes perpetrados por nazis e por comunistas, anunciou quinta-feira que já começaram os interrogatórios às testemunhas, numa última tentativa de "encontrar e, se necessário, prender os criminosos", segundo um comunicado da instituição.
"Não descartamos a hipótese de encontrar vivas algumas das pessoas que trabalharam no campo de concentração de Auschwitz", afirma o diretor do Instituto da Memória, Piotr Piatek, sublinhando que "nesse caso podem vir a ser acusados por crimes contra a nação polaca".
O anúncio suscitou de imediato o apoio por parte de grupos judaicos. "Saudamos os esforços para levar tardiamente diante da justiça e da opinião pública os responsáveis pelos monstruosos crimes nazis inflingidos à consciência do mundo há mais de meio século", congratulou Elan Steinberg, membro da Associação Americana de Sobreviventes do Holocausto, acrescentando que a recuperação do processo "não é apenas uma questão de justiça, serve também os valores da educação e da memória".
Nos anos 60 e 70, as autoridades polonesas investiram fortemente nas investigações a criminosos nazis. Porém, os processos foram encerrados na década de 80 sem ter sido formalizada qualquer acusação.
O campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, abriu em 1940, após a invasão alemã, tendo sido palco do extermínio de mais de um milhão de pessoas durante os cinco anos que durou a II Guerra Mundial. (Com El País/Google)
O campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, abriu em 1940, após a invasão alemã, tendo sido palco do extermínio de mais de um milhão de pessoas durante os cinco anos que durou a II Guerra Mundial. (Com El País/Google)
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