Tortura de estudantes no Chile será levada a OEA

                    
A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) resolveu recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para denunciar “abusos e torturas” por parte dos carabineiros (policiais militares) contra os manifestantes.

Os dirigentes universitários se reuniram na Universidade de Los Lagos, em Osorno, a 900 quilômetros ao sul de Santiago, e discutiram a “violência indiscriminada” que a polícia adotou com relação aos estudantes, com ocorrências que, segundo eles, podem ser classificadas como “tortura”.

O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica do Chile (Feuc), Giorgio Jackson, afirma: " Os diferentes casos vão ser apresentados em 28 de outubro nos Estados Unidos, em Washington.
Houve um estudante que denunciou uma agressão que sofreu por policiais."

 O estudante de Música Gonzalo Aléxis Espinoza enviou à rádio Bío Bío imagens de queimaduras sofridas por ele quando efetivos de forças especiais dos Carabineiros lançaram um jato de água quente em seu rosto durante a desocupação da Universidade de Valparaíso.

O estudante foi detido e levado à delegacia e liberado apenas no dia seguinte. Houve queimaduras de segundo grau na face e no peito, segundo diagnóstico do departamento de Urgência do Hospital Carlos Van Buren, de Valparaíso.

A CIDH, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), deve analisar e avaliar os casos que vier a receber. O objetivo da reunião dos dirigentes estudantis também foi analisar o giro pela Europa que alguns fizeram recentemente, que incluiu um encontro com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Eles pretendem também planejar quais serão os próximos passos.(Com o Correio do Brasil)

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