A " busca de um pai por sua filha desaparecida nos porões da ditadura civil-militar que aterrorizou o Brasil entre as décadas de 1960 e 1980"


Bernardo Kuscinki lança romance, K., em Belo Horizonte

Data de realização do evento: quinta-feira, 3 Novembro, 2011

No próximo dia 3, às 18h30, o jornalista, escritor e cientista político Bernardo Kucinski lança “K.", sua mais recente obra, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.

O evento é organizado pela Editora Expressão Popular e o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (av. Álvares Cabral, 400, Centro, BH).

É um evento gratuito e aberto a todos os interessados.

Sobre o autor:

O jornalista Bernardo Kucinski, que trabalhou como assessor da presidência e, ao longo de sua carreira, colaborou com importantes publicações – para citar algumas, The Guardian, Carta Maior e Airline Business –, dá lugar agora ao autor B. Kucinski que acaba de lançar seu romance pela editora Expressão Popular.

Cursou graduação em Física na USP entre 1967 e 1968. Militante estudantil durante o regime militar, foi preso e exilado. Retornou e entrou para os quadros da USP na Escola de Comunicações e Artes em 1986. Em 1991, obteve grau de doutor em Ciências da Comunicação pela USP, com tese sobre a imprensa alternativa no Brasil entre 1964 e 1980. Ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura em 1997.

Sobre o Livro:

Em K., ele reconta a busca de um pai por sua filha desaparecida nos porões da ditadura civil-militar que aterrorizou o Brasil entre as décadas de 1960 e 1980.

Caracterizando essa prática como “sorvedouro de pessoas” – uma crueldade que, segundo o relato, supera as praticadas na Alemanha nazista, que ao menos indicava aos familiares o paradeiro de seus prisioneiros e mortos –, o narrador reconstrói os fatos com a ajuda de outros discursos, como cartas, monólogos e diálogos imaginados que põem em cena personagens que completam o traçado das várias redes envolvidas ou implicadas nesse desaparecimento.

A história, baseada em fatos reais da vida familiar de Kucinski, evidencia o drama dos que ficaram à espera e em busca de pistas, mas que geralmente são relegados a segundo plano na história diante de outros apelos mais fortes encontrados nos métodos atrozes de tortura e assassinato empregados pelos órgãos oficiais.

Nas palavras do escritor Jacó Guinsburg que figuram na contracapa do livro: “... poucos relatos de meu conhecimento me impressionaram tanto pela força trágica do que as letras tecem como quadros escritos e pela revolta que despertam no leitor ante a crueldade das ações que as promoveram... K. consegue transformar a história real vivida pelo pai, ao tentar a todo custo descobrir o paradeiro da filha vitimada pela barbaridade da ditadura no Brasil, numa metáfora e num libelo contra a desumanidade e a vilania do regime de opressão, da máquina de repressão que alimentava os seus grilhões e dos interesses que lhe davam apoio descarado ou nele se acomodavam. Das linhas que o compõe emana com fria lucidez um grito de dor – os fantasmas vivos da lembrança que agonizam na sua invocação”.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Kucinski

Mais informações sobre o autor e obra:

“De todos os livros que já li sobre esse horror, K. é o que mais me emocionou. Minha emoção é primeiro de compaixão (solidariedade com a dor), depois de enorme raiva e indignação pela indiferença de tantos; pelo ‘perdão’ aos torturadores e demais responsáveis, garantido pelo STF; pela crueldade dos que até hoje martirizam sua família com “informações”; pelo papel nojento da USP; pelos políticos que têm ojeriza ao tema porque não dá voto; pelos ‘ex-combatentes’ que falam não querer revanchismo... a lista é longa”. - Maria Victoria Benevides.

http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/64/literatura

“Baseado em dores reais. Depois de mais de 40 anos de jornalismo, Bernardo Kucinski compila, em contos ficcionais, danos e perdas de um passado que ainda tortura suas vítimas.” – Paulo Donizetti de Souza.

http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/64/literatura

“O livro do Bernardo. Há escritores que descobrem a juventude literária (no sentido da experiência inovadora) na plena maturidade: é o caso de Bernardo Kucinski, que ultimamente vem publicando na imprensa uma série de contos e até um romance em folhetim, e agora estréia no romance, com este “K”, o relato da busca desesperada de um pai pela filha desaparecida.” – Flávio Aguiar. http://cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5274

“[...] Polêmico e com fama de briguento, Bernardo Kucinski é um dos mais experientes e respeitados jornalistas da cena brasileira atual”. - Carlos Costa e Dulcília Buitoni

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Kucinski

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