Pelo direito de morar
José Carlos Alexandre
Parece-nos de volta aos anos 60, quando saíamos aos sábados e domingos ajudando a fundar e a dar assistência às Uniões de Defesa Coletiva...
À frente estávamos todos os que lutamos pela ascensão dos trabalhadores, por melhores condições de vida para a classe operária, pelo fim da sociedade de classes.
E, com grande prazer, víamos incorporar à nossa luta sacerdotes e religiosos da Igreja renascida com a Mater et Magistra, com o Vaticano II e outros ricos documentos nascidos de fóruns de bom augúrio para todos.
Quando todos pensávamos que era chegada a hora de o País conquistar as Reformas de Base, inclusive a Agrária e a Urbana, eis que houve uma grande reviravolta da metade dos anos 60, com as consequências que todos sabemos...
Veio a anistia, em parte, ao contrário do que todos queríamos, a "Constituinte Cidadã", que ficou praticamente só no nome...
O povo continua sem o elementar direito de morar. De ter emprego. De ter o que comer.
Falta-lhe tudo: a começar pela assistência à saúde. Falta-lhe um teto decente.
E ainda por cima encontra quem queira negar-lhes um local onde alojar precariamente a si e a seus familiares.
Os governos caminham para a falência. E quando isso ocorre não é bom sinal.
Que os governantes acordem o quanto antes...
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