Trabalhadores uruguaios da construção realizam greve nacional parcial

                                                                   
O Sindicato Único Nacional da Construção e Anexos (Sunca) do Uruguai realiza hoje uma paralisação nacional parcial em protesto contra a medida anunciada pelo Diretório do Banco de Previsão Social (BPS) que afeta seus trabalhadores.

O protesto  está previsto que os filiados dos departamentos de Montevidéu, Canelones e San José se concentrem em frente aos respectivos escritórios centrais dessa instituição.

Diretores do setor disseram à imprensa que a intenção do Diretório do BPS é instrumentar uma resolução que 'afeta gravemente a licença e o salário de férias'.

O secretário geral do Sunca, Oscar Andrade, disse parecer que 'estamos perante um enorme retrocesso' e não aceitamos que queiram ser resolvidos problemas fiscais com cortes de benefícios sociais.

Sobre a liquidação das licenças, disse que defendem razões e critérios, 'não estamos apegados a determinada fórmula', afirmou.

Andrade explicou que cortar a licença e o salário de férias dos trabalhadores é uma decisão absurda e advertiu que gerará 'uma divisão entre o Poder Executivo e uma base social do campo popular'.

Detalhou que essa lei tem 58 anos no país e sofrerá uma mudança duríssima com o corte de 10%.

O líder sindical convocou à sensatez e enfatizou que o Sunca é um sindicato de diálogo, maduro, de negociação, responsável e muito firme na hora de defender suas convicções.

Não é o caminho que queríamos, nem é um conflito que esperávamos, mas nos obrigaram a recorrer à mobilização, enfatizou.

Para o presidente do Sunca, Daniel Diverio, é insólito que, para os patrões, se aumente a contribuição patronal em 0,60%, enquanto aos trabalhadores é aplicado aumento de quase 10%.

Afirmou que, com a nova fórmula do BPS, em cada 100 trabalhadores só 17 colegas podem tomar 20 dias de folga, porque para o resto os salários não serão suficientes.

Por sua vez, Heber Galli, presidente do Banco de Previsão Social (BPS) explicou em declarações a jornalistas que não há pressa para mudar a fórmula de cálculo para a licença no setor da construção.

Comentou que em 2015 e no ano passado foi registrado um déficit de 300 milhões de pesos anuais em arrecadação por este conceito, ao redor de 11 milhões de dólares, e agora procuram realizar modificações para evitar que se repita em 2017.

(Com Prensa Latina)

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