Encontro de Partidos Comunistas e operários


12º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários teve lugar em Tshwane, África do Sul, de 3 a 5 de Dezembro sob o lema «O aprofundamento da crise sistémica do capitalismo. As tarefas dos comunistas em defesa da soberania, do aprofundamento das alianças sociais, o fortalecimento da frente anti-imperialista na luta pela paz, pelo progresso e pelo Socialismo».
102 delegados em representação de 51 partidos participantes de 43 países e de todos os continentes do mundo reuniram-se para avançar o trabalho das nossas reuniões prévias, e para promover e desenvolver uma acção comum e convergente à volta de uma perspectiva comum.
O PCB esteve presente no Encontro Mundial de Partidos Comunistas e Operários, representado pelos camaradas da Comissão Política Nacional, Ivan Pinheiro e Eduardo Serra.
O APROFUNDAMENTO DA CRISE CAPITALISTA
A situação internacional continua a ser dominada pela persistência e desenvolvimento do capitalismo. Esta realidade vem confirmar as análises esboçadas nas Declarações dos nossos encontros internacionais de 10 e 11 em S. Paulo e Nova Deli. A actual crise do capitalismo põe em relevo as suas limitações históricas e a necessidade do seu derrube revolucionário. Mostra a intensificação das contradições básicas do capitalismo que existem entre o carácter social da produção e a sua apropriação privada capitalista.
A crise é sistémica – apesar das ilusões capitalistas em contrário antes de 2008, o capitalismo não pode escapar à sua tendência sistémica interna de atravessar ciclos de desenvolvimento e de estagnação. A atual crise global é uma manifestação particularmente severo de um debilitamento capitalista provocada pela sobreprodução capitalista. Agora, tal como no passado, não há saída, dentro da lógica do capitalismo, para estas crises periódicas para além da própria crise, marcada pela massiva e socialmente irracional destruição de bens – incluindo despedimentos massivos, encerramento de fábricas e o ataque sistemático aos salários, às pensões, à segurança social e à erosão do sustento do povo. Esta é a razão pela qual, nos nossos anteriores encontros, afirmámos corretamente que a atual crise não era apenas atribuível a erros subjetivos, à avareza dos banqueiros ou a especuladores financeiros. Continua a tratar-se de uma crise marcada pelos traços sistémicos do próprio capitalismo.(Veja a íntegra da resolução no site do PCB)

(Imagem: Ivan Pinheiro e Eduardo Serra no Encontro na África do Sul)

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