Fim de ano na TV Brasil
A Vila de Martinho e a Beija-Flor de Neguinho
O samba é a paixão dos dois artistas
O Musicograma deste sábado (18) traz musicais de dois artistas que têm em comum a paixão por suas Escolas de Samba: Martinho da Vila e Neguinho da Beija Flor.
Martinho da Vila levou a história do seu bairro para a avenida
Os compositores Noel Rosa e Martinho José Ferreira dividem a história da Vila Isabel em duas fases musicais. Enquanto Noel usou a lírica para cantar o bairro, Martinho adotou o da Vila como sobrenome e levou para lá o batuque. Martinho já era integrante da ala de compositores da Vila quando lançou o primeiro disco, em 1969.
Se Noel escreveu a história da Vila nas mesas dos botecos e nas calçadas, Martinho levou esta história para a avenida. Quando vestiu a camisa branca e azul celeste da Unidos de Vila Isabel, o sambista retomou o espírito coletivo criado na época em que a Escola era um bloco e um time de futebol. E daí, se envolveu em projetos de integração entre os povos, através da música, da literatura e da militância política. O CD Lusofonia, lançado em 2000, e o Brasilatinidade, de 2006, foram produzidos dentro dessa proposta. Em 2010, compôs um samba-enredo em homenagem a Noel o “Poeta da Vila”.
NEGUINHO DA BEIJA FLOR
Neguinho da Beija Flor expressa a paixão por sua Escola
Luis Antonio Feliciano queria ser cantor desde os 10 anos de idade, quando ganhou um concurso. O prêmio foi uma lata de goiabada. Incentivado pela família, Luis Antônio entrou no Bloco do Leão, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, onde nasceu. Ficou pouco tempo no bloco; em 1970 mudou-se para a Escola de Samba Beija-Flor, onde se tornou o Neguinho. Ele está à frente da Beija-Flor nas onze vezes em que a escola foi campeã e nas outras onze em que foi vice. No carnaval de 2011 ele transfere o carisma para o filho Luis Antonio Feliciano Marcondes Júnior, o JR Beija-Flor.
Fora da Escola de Samba Beija-Flor, Neguinho construiu uma carreira de intérprete invejável. Ganhou o reconhecimento da crítica com os discos “Ofício de Puxador”, “A Voz da Massa” e “Meu Sorriso”. Lançados entre 1985 e 1987, esses três discos revelaram a personalidade de Neguinho como intérprete. Com o CD “Poetas de Calçada” conquistou o prêmio Sharp de 2001, na categoria “melhor cantor de samba”.
Horário: Sábado, 21h30
Reprise: Segunda,00h30
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