Festival Mundial da Juventude chega ao fim condenando o imperialismo estadunidense


Depois de intensos dias de debates, o 17 Festival Mundial da Juventude e os Estudantes chega hoje a seu fim na África do Sul, que se converteu em uma hospitaleira sede deste tipo de encontros. Para o encerramento os organizadores do encontro, cuja primeira versão aconteceu em Praga há 63 anos, preveem a celebração de uma marcha da Praça Church até a sede do Governo sul-africano.Após o percurso, será a vez de show com a música de Big Nuz, Professor, Atira, Fisherman, 999 Stable, TS Records e Kalawa Jazmee, segundo o programa divulgado por vários pontos desta capital, onde os contrastes sociais e naturais extasiam o visitante.

Ontem, o Tribunal Antiimperialista da universal reunião, iniciada no passado 13 de dezembro, declarou culpado ao imperialismo por seus múltiplos crimes contra a Humanidade.

A sentença teve em conta as múltiplas evidências apresentadas por delegados de vários países durante dois dias em um dos salões do Centro de Eventos de Tshwane.Guerras, mortes, bloqueios, sanções, pandemias, agressões militares e biológicas, torturas, intervenções, exploração dos trabalhadores e golpes de Estado ressaltam entre as atrocidades imperialistas, reconheceram os juízes.

Também se condenou a esse nefasto sistema, como o consideraram muitos das testemunhas, pelos danos ao meio ambiente, o saque dos recursos naturais em qualquer país, e a aliança com as oligarquias nacionais para destruir os processos de mudanças sociais.Na opinião do presidente do júri, o magistrado sul-africano Andele Magxitama, o imperialismo apodera-se do mundo, e determina as mais elementares preferências dos seres humanos com o princípio de que satisfaz o interesse de uns poucos acima do resto.

Os juízes concordaram em rejeitar qualquer vislumbre imperialista no mundo, e as provas apresentadas quase sempre sentaram no banco dos acusados o governo dos Estados Unidos e seus aliados.Ainda que não tenha efeito jurídico, este tribunal apresenta um evidente caráter moral e de consciência, e os que participaram no foro estão comprometidos com a luta pela queda do imperialismo, considerou a presidente do Conselho Mundial pela Paz, Socorro Gómez.

A dirigente brasileira, que integrou o painel de juízes, manifestou que em nome da vida, a paz e a solidariedade, há que sentenciar a esse regime.De maneira especial, o foro pronunciou-se contra o bloqueio estadunidense a Cuba e a favor da libertação de cinco antiterroristas cubanos presos em cárceres norte-americanas desde 12 de setembro de 1998.

Também, entre outros temas, rechaçou a ocupação israelense de territórios palestinos, as agressões de Marrocos contra o povo subsariano, e o golpe de Estado em Honduras, que tirou do poder o presidente constitucional dessa nação centro-americana, Manuel Zelaya.

O 17 Festival, cujo lema é Por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais, derrotemos ao imperialismo, agrupa a uns 15 mil delegados a mais de 140 países.(Com a Prensa Latina)

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