Brasil critica Israel

A cineasta Iara Leee estava num dos navios atacados (Imagem Google)

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o Brasil espera uma posição forte da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação a Israel devido ao ataque a navios que levavam suprimentos para a população da Faixa de Gaza, ocorrido nessa madrugada.
“Vai ficar uma marca muito forte. É algo que necessita de um tipo de ação da ONU e esperamos que o presidente do Conselho de Segurança [da ONU] dê uma declaração forte.

O Itamaraty chamou o embaixador de Israel para manifestar nossa indignação em relação ao ato. Espero que Israel atenda ao que foi solicitado”, disse Amorim ao deixar a reunião da Comissão Econômica para Países da América Latina, que ocorre em Brasília.
“Nossa atuação é no sentido de buscar a paz e o entendimento. Somos amigos de Israel, mas não é com esse tipo de ação intempestiva que Israel conseguirá a paz. Mas é vivendo em paz com seus vizinhos, com a Palestina, com os demais países árabes que os cidadãos israelense terão paz em seu território, que também precisa ser assegurada”.
Para Amorim, é necessário ter em mente que se o bloqueio a Gaza não estivesse em vigor, não haveria a necessidade de envio de suprimentos à região. “Às vezes é difícil colocar as palavras em uma nota, porque as palavras são acabam ficando gastas. Nós não poderíamos ter ficado mais chocados com um evento desse tipo. Eram pessoas pacíficas, que não significavam nenhuma ameaça e realizavam uma ação humanitária que não seria necessária se terminasse o bloqueio a Gaza”.
Amorim destacou que o próprio perfil da brasileira, Iara Lee, que estava em um dos navios atacados indica que não se tratavam de terroristas. “É uma cineasta, que fazia filmes com a questão ambiental. Não se trata de nenhuma terrorista”.

O ministro disse ainda que não tem informações sobre o estado de saúde da brasileira, mas que o Itamaraty está tentando encontrá-la. “Ainda não podemos saber qual embarcação, se foi o navio mais atingido. Há uma dificuldade de se chegar lá, mas estamos mandando gente para lá”.

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