CAMPEÃO DE BUROCRACIA
Carlos Lúcio Gontijo
O Brasil tem consciência da burocracia excessiva em que se encontra alicerçada a sua prestação de serviços públicos, marcada pela cultura cartorial. Economistas e empresários apontam a burocracia como uma das razões de o governo não conseguir atrair, para a legalidade, os empreendedores informais, que têm verdadeiro pavor da papelada e da carga tributária conservada nas alturas para a sustentação da máquina administrativa pública que, por sua vez, se mantém cara e perdulária.
Toda a população brasileira reclama tanto da carga tributária de primeiro mundo quanto da prestação de serviços de país subdesenvolvido, gerando uma contradição que coloca em discussão e em xeque o trabalho dos congressistas brasileiros, que continua sem produzir os insumos necessários para o Brasil beneficiar a coletividade como um todo, sanando problemas sociais e econômicos responsáveis pela pobreza de parte significativa de sua gente.
Relatório Internacional de Empresas (IBR) divulgado pela Grant Thornton International alça o Brasil à triste condição de ser a nação detentora da maior carga de burocracia do mundo. Dessa forma, o mar de burocracia em que se encontram mergulhadas praticamente todas as atividades socioeconômicas brasileiras não é uma percepção apenas dos que aqui nasceram e vivem, mas de toda a comunidade internacional, que ampliou os negócios com o Brasil depois da globalização econômica, tornando os países muito mais interdependentes.
O Brasil obteve 60% dos votos, aparecendo como líder incontestável no ranking relativo ao excesso de burocracia e regulamentos, que são apontados como a maior fonte de frustração e resultados insuficientes pelas empresas pesquisadas mundo afora. Em seguida, vêm Rússia (59%), Polônia (55%) e Grécia (52%), que sofrem da mesma síndrome da burocracia excessiva.
Compete aos governantes brasileiros, em todas as esferas, debruçar sobre o problema da burocracia e tentar impedir que a carga burocrática, combinada com a carga tributária, iniba o desempenho da economia nacional que começa a ver, neste momento, muitas luzes promissoras no fim do túnel das seguidas décadas perdidas, período em que o país pouco ou nada cresceu, provocando forte onda de desemprego e os salários baixos que ainda dificultam a constituição de mercado consumidor capaz de tornar os meios de produção nacionais ainda mais independentes da exportação de mercadorias e assim dar à economia brasileira maior capacidade de enfrentar crises provenientes de fatores exteriores, como se verificou no caso das insolvências do mercado imobiliário e dos bancos norte-americanos.
Se mais consistente e pujante fosse o poder de consumo da classe trabalhadora brasileira, indicam-nos dados e levantamentos de institutos econômicos bem conceituados que nem os efeitos colaterais da “marolinha” – no linguajar do presidente Lula – nos teriam atingido no ano de 2009.
Carlos Lúcio Gontijo
Poeta, escritor e jornalista
Membro da ALB-MARIANA, AVSPE e ACADSAL
http://www.carlosluciogontijo.jor.br/
Carlos Lúcio Gontijo
O Brasil tem consciência da burocracia excessiva em que se encontra alicerçada a sua prestação de serviços públicos, marcada pela cultura cartorial. Economistas e empresários apontam a burocracia como uma das razões de o governo não conseguir atrair, para a legalidade, os empreendedores informais, que têm verdadeiro pavor da papelada e da carga tributária conservada nas alturas para a sustentação da máquina administrativa pública que, por sua vez, se mantém cara e perdulária.
Toda a população brasileira reclama tanto da carga tributária de primeiro mundo quanto da prestação de serviços de país subdesenvolvido, gerando uma contradição que coloca em discussão e em xeque o trabalho dos congressistas brasileiros, que continua sem produzir os insumos necessários para o Brasil beneficiar a coletividade como um todo, sanando problemas sociais e econômicos responsáveis pela pobreza de parte significativa de sua gente.
Relatório Internacional de Empresas (IBR) divulgado pela Grant Thornton International alça o Brasil à triste condição de ser a nação detentora da maior carga de burocracia do mundo. Dessa forma, o mar de burocracia em que se encontram mergulhadas praticamente todas as atividades socioeconômicas brasileiras não é uma percepção apenas dos que aqui nasceram e vivem, mas de toda a comunidade internacional, que ampliou os negócios com o Brasil depois da globalização econômica, tornando os países muito mais interdependentes.
O Brasil obteve 60% dos votos, aparecendo como líder incontestável no ranking relativo ao excesso de burocracia e regulamentos, que são apontados como a maior fonte de frustração e resultados insuficientes pelas empresas pesquisadas mundo afora. Em seguida, vêm Rússia (59%), Polônia (55%) e Grécia (52%), que sofrem da mesma síndrome da burocracia excessiva.
Compete aos governantes brasileiros, em todas as esferas, debruçar sobre o problema da burocracia e tentar impedir que a carga burocrática, combinada com a carga tributária, iniba o desempenho da economia nacional que começa a ver, neste momento, muitas luzes promissoras no fim do túnel das seguidas décadas perdidas, período em que o país pouco ou nada cresceu, provocando forte onda de desemprego e os salários baixos que ainda dificultam a constituição de mercado consumidor capaz de tornar os meios de produção nacionais ainda mais independentes da exportação de mercadorias e assim dar à economia brasileira maior capacidade de enfrentar crises provenientes de fatores exteriores, como se verificou no caso das insolvências do mercado imobiliário e dos bancos norte-americanos.
Se mais consistente e pujante fosse o poder de consumo da classe trabalhadora brasileira, indicam-nos dados e levantamentos de institutos econômicos bem conceituados que nem os efeitos colaterais da “marolinha” – no linguajar do presidente Lula – nos teriam atingido no ano de 2009.
Carlos Lúcio Gontijo
Poeta, escritor e jornalista
Membro da ALB-MARIANA, AVSPE e ACADSAL
http://www.carlosluciogontijo.jor.br/
(IIustração: Quinho/Divulgação)
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