Conselheira Neide Couto

José Carlos Alexandre

Às vésperas da talvez última reunião do ano do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, uma cobrança e uma homenagem. Primeiro a cobrança: O então vice-governador Anastasia havia se mostrado bastante receptivo à ideia da criação do Memorial em honra às vítimas da repressão da ditadura em Minas Gerais. Isto durante audiência em seu então gabinete, no BDMG, há dois nos. Deu então a entender que poderia haver boas surpresas neste sentido nas imediações do Dia dos Direitos Humanos, isto é, 10 de dezembro de 2009.

O tempo passou e a lei (assinada pelo então governador Itamar Franco), criando o Memorial na sede do antigo DOPS, na Avenida Afonso Pena, continua sendo letra morta no papel. Agora, como governador, quem sabe o futuro secretário de Cultura (seria bom que o atual permanecesse) toma alguma providência a respeito?

Agora a homenagem: esta vai para a conselheira Neide Pessoa Couto, representante do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no CONEDH, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos.

Ao longo de seus mandatos ela foi incansável na defesa principalmente dos humilhados e perseguidos políticos mineiros quando da ditadura militar. Não poupou esforços para relatar , com isenção mas com justiça, todos os processos que lhe chegavam às mãos. além disso, desempenhou com boa vontade e competência todas as tarefas que se poderia esperar de um membro do CONEDH. Algumas vezes com sacrifício pessoal e de sua família para estar à disposição do Conselho.

Quando seu mandato, infelizmente chega ao final, é preciso que todos nós, políticos, militante dos movimentos sociais e amantes da liberdade e da justiça, lhe prestem as devidas homenagens.

Salve a conselheira Neide Pessoa Couto!

Seu retrato merece figurar na galeria de honra do nosso CONEDH.