Empresas de Eike largam à frente na disputa pelo Maracanã

                                                     


O consórcio Maracanã S/A, formado pelas empresas Odebrecht, IMX e a AEG, apresentou a maior proposta econômica no processo de licitação para a gestão do Complexo Maracanã, no Rio de Janeiro, saindo à frente na disputa contra o consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio pela concessão do estádio.

A licitação para decidir quem será o responsável pela administração do Maracanã nos próximos 35 anos, no entanto, só será concluída após a análise das propostas técnicas dos consórcios. A data de anúncio do vencedor ainda não foi divulgada.

Já o consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio – composto pela empreiteira OAS, Stadion Amsterdam N.V. e Lagardère Unlimited - ofereceu como valor de outorga R$ 4,7 milhões anuais, em um total de R$ 151,1 milhões. O valor mínimo estabelecido pelo governo era de R$ 4,5 milhões.

Embora a maior proposta econômica represente uma boa notícia para o consórcio Maracanã S/A, o grupo de empresas ainda não pode ser considerado vitorioso. De acordo com o edital da licitação, o próximo quesito a ser avaliado, a proposta técnica, tem um peso de 60% na avaliação global dos consórcios.

Polêmica

Apontado por muitos como favorito desde o início da disputa, o consórcio Maracanã S/A é alvo de polêmicas. A principal delas refere-se à participação no grupo da empresa IMX – do empresário Eike Batista.

Na semana passada, pouco antes da entrega dos envelopes da licitação, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ingressou com uma ação na Justiça questionando o fato de a IMX ter sido responsável pelo estudo de viabilidade do estádio, o que, no entender dos promotores, poderia dar uma vantagem "indevida" ao grupo.

O MP chegou a obter uma liminar na Justiça suspendendo a licitação na noite da última quarta-feira. A liminar, no entanto, foi cassada horas depois pela presidência do Tribunal.

Em uma coletiva de imprensa no dia anterior à abertura dos envelopes, o secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, afirmou que a ação não tinha "respaldo legal" e disse que a IMX foi a única empresa a apresentar interesse em desenvolver o estudo. Ainda segundo Fichtner, não havia impedimento legal para que ela participasse da licitação.

O início da licitação, na última quinta-feira, também foi marcado por protestos. De acordo com a Agência Brasil, cerca de 300 manifestantes ligados a movimentos sociais e partidos políticos realizaram um ato em frente ao Palácio Guanabara. Eles interromperam a circulação de veículos em algumas ruas das imediações, atrasando a entrega das propostas.(Com a BBCBrasil)

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